…ou leia um resumo bacanudo se você perdeu ou não se lembra de algum!

O sonho de todo nerd que cresceu nos anos 80/90 está prestes a se realizar. Thanos sempre foi um dos maiores vilões do Universo Marvel e seus confrontos com os heróis sempre foram épicos. Agora, estamos prestes a testemunhar um momento histórico no mundo do entretenimento: como seria um desses confrontos visto na tela do cinema?

O caminho percorrido não foi fácil. A Marvel tinha um plano audacioso de construir um universo cinematográfico para chegar até aqui. Algo desse nível jamais foi feito na história do cinema. Então, sem mais delongas, vamos relembrar cada etapa dessa jornada. Ajeite-se aí na poltrona que esse post vai ficar comprido.

Homem de Ferro

O início de uma nova Era. Sem os direitos para trabalhar com seus “medalhões” – Homem-Aranha e X-Men – a Marvel teve que se virar com o que tinha em mãos: os Vingadores. Heróis pouco conhecidos do grande público, mas que podiam render filmes, no mínimo, divertidos.

E nesse sentido, o primeiro Homem de Ferro é mais do que competente em entregar uma história de origem bem amarrada, divertida e empolgante. O filme em si não é nada demais, mas cumpre o que promete e na época foi uma surpresa até mesmo para os fãs, já que o latinha não era dos mais favoritos.

Nele, vemos o arrogante Tony Stark, que se fez bilionário graças à venda de armamentos para os militares, ser sequestrado por uma organização terrorista e descobrir que as armas que ele fez para proteger os EUA na verdade estão sendo usadas contra seu país.

Ele consegue construir um reator Ark em miniatura que, alojado em seu peito, lhe permite energizar uma armadura improvisada que ele usa para escapar. De volta à terra natal, decide então usar a armadura para o bem e se torna o Homem de Ferro, até descobrir que seu sócio, Obidiah Stane, estava compactuando com os terroristas  o tempo todo.

Stane consegue fazer sua própria versão da armadura, o Monge de Ferro, e os dois acabam se enfrentando. Após sair vitorioso da batalha, Stark revela ao mundo que ele é o Homem de Ferro.

Cena Extra: mostra a primeira aparição de Nick Fury e é mencionada a “Iniciativa Vingadores”.

Hulk

Complicado, complicado. Eu particularmente gosto do Hulk do Ang Lee e na época não curti muito esse lance de rebootar o personagem tão cedo, embora entenda que, sendo agora um filme da Marvel, um reinício era necessário. Mas o filme é fraco. Adoro o Edward Northon, mas ele não caiu bem como Bruce Banner. E a Liv Tyler, meu Deus, que atriz ruim. Jennifer Connely era uma Betty tão melhor…

O único que se salva é o Tim Roth em seu papel de Emil Blonsky, bem à vontade como vilão, embora seu arco não seja dos melhores. Do nada, um soldado exemplar de repente enlouquece querendo destruir metade de Manhattan. Mas podemos atribuir a culpa ao soro do supersoldado e às doses de radiação gama, acredito.

Apenas para recapitular, na trama vemos Bruce fugindo e procurando desesperadamente por uma cura por sua maldição, ajudado pelo enigmático “Sr. Blue”, enquanto o General Ross deseja captura-lo para usar o Hulk como arma. Depois de alguns confrontos com os militares, Bruce finalmente se encontra com Blue, que se revela como sendo o Professor Samuel Sterns.

Para quem não sabe, nos quadrinhos Sterns é um dos maiores inimigos do Hulk, conhecido como Líder. O filme até deixa um gancho para sua origem, quando uma gota do sangue de Banner cai em sua testa que sangrava, o que possivelmente lhe daria o avantajado intelecto que conhecemos. Mas, como não houve uma sequência do filme, tal gancho jamais fora utilizado, e provavelmente nunca será, o que é uma pena.

No fim, é claro, o Hulk vence Blonsky, transformado no Abominável, e volta a fugir. Só tornaríamos a ver o Hulk novamente no filme dos Vingadores.

Cena Extra: temos um diálogo de Tony Stark com o General Ross, insinuando que ele está ajudando a montar a equipe dos Vingadores. Diálogo este que foi completamente ignorado no próximo filme. Aliás, todo esse filme parece ter sido ignorado pela Marvel nas películas vindouras.

Homem de Ferro 2

Fraco, fraco, fraco. O filme mal tem uma história. Tem vários arcos, mas nada que os amarre. Por onde começar? Ok, vamos falar do vilão: Anton Vanko, o Chicote Negro. Um dos vilões mais fracos nos quadrinhos, o que causou estranheza na escolha, mas a atuação de Michal Roarke rouba a cena cada vez que ele aparece. Na história, ele é filho de um cientista russo que trabalhou com Howard Stark na criação do reator Ark. O pai de Tony, ao descobrir que seu parceiro era um espião, o denunciara, o que provocou-lhe a ruína de sua vida.

O vilão agora culpa Tony por essa tragédia. Apesar das motivações não serem das melhores, até que isso passa. Os problemas começam com Justin Hammer. Nos quadrinhos, um empresário velho, frio e calculista que até chega a fornecer armas e equipamentos para bandidos e vilões de segundo escalão. Aqui, um bobalhão que quer se livrar de Tony Stark meramente porque ele é seu concorrente. Não colou.

E aí temos a questão da saúde de Tony, que está lentamente sendo envenenado pelo paládio que energiza o reator Ark em seu peito. Mas você até esquece pelo que ele está passando, porque não há grandes efeitos durante seu primeiro confronto com Vanko no autódromo e ele continua levando a vida como se nada estivesse acontecendo. Você só lembra que ele está envenenado quando ele troca as cargas de paládio.

Aí tentam levar para o lado do alcoolismo – um dos arcos mais emblemáticos do personagem, por sinal – o que seria legal, mas é pouquíssimo explorado. Temos uma única cena em que Tony fica bêbado e de armadura, em seu aniversário, o que leva a um confronto com Rhodey. Isso porque o filme precisava desesperadamente de alguma ação, já que nada acontecia desde a cena no autódromo.

Aí surge Nick Fury, diretor da SHIELD, uma organização de espionagem que monitora atividades super-humanas no mundo. O Agente Coulson também faz sua aparição, não só nesse filme, mas em praticamente todos os outros dessa primeira fase do MCU.

Tony comenta que recusou o convite da SHIELD para entrar no tal grupo (hã? mas e a conversa dele com Ross, certo?) e Nick lhe dá pistas de que seu pai tem a resposta para sua condição. Fuçando um pouco mais, Tony descobre um novo elemento que serviria de substituto para o paládio. Nada mais é mencionado sobre isso (inclusive em todos os outros filmes) e todo o plot pareceu servir apenas para um propósito: substituir o círculo pelo triângulo no peito da armadura.

Ok, o confronto final é épico. Homem de Ferro e Máquina de Combate (em sua estreia) enfrentando um exército de robôs e um Chicote Negro aprimorado. E, claro, temos a primeira aparição de Scarlet Johansen como Viúva Negra. Mas somando os acertos e erros, temos um resultado bem “meia boca”.

Cena Extra: vemos Mjolnir no deserto do Novo México, o que deixa o gancho para o próximo filme.

Thor

O filme do loirão começa a expandir o universo Marvel. Quem não conhece os quadrinhos descobre que há muito mais do que apenas a Terra dentro dessa realidade e temos nosso primeiro contato com os deuses de Asgard.

Thor, filho de Odin, é exilado na Terra para que aprenda a lição que lhe falta para ser Rei: humildade. O problema nesse filme, como em muitos outros da Marvel, é a passagem do tempo. Ele fica um ou dois dias na Terra, já se apaixona e muda completamente. Nos quadrinhos, Thor passou anos na pele do Dr. Donald Blake, sem lembrança de quem era, para que aprendesse a ser humilde.

Ok, não esperaria algo do tipo no filme, mas era de se esperar algum salto temporal, de 1 ano, pelo menos, para as coisas fazerem um pouco mais de sentido. A história é bem fraca e o Destruidor, um poderoso autômato criado por Odin para proteger Asgard e jogado contra Thor pelo seu irmão, é vencido muito facilmente.

Quem rouba a cena, claro, é Loki, na brilhante atuação de Tom Hiddleston. Apesar de aqueles que são fãs já saberem que ele não é um filho verdadeiro de Odin, e sim membro da raça dos Gigantes de Gelo, é gratificante acompanhar sua jornada de descoberta e vê-lo abraçar de vez sua personalidade maligna, disposto a tudo para assumir o trono da Cidade Dourada. Talvez por isso mesmo, seja um dos vilões mais bem-elaborados do MCU até agora.

De resto, pouca coisa acontece de relevante no filme. Apresenta o Gavião Arqueiro pela primeira vez e Thor conhece Jane e o Dr. Selvig, que fará diferença mais à frente. No fim, se dá o inevitável confronto entre os irmãos, no qual Loki aparentemente morre, é claro.

Cena extra: Dr. Selvig conversa com Nick Fury e vemos o Tessaract pela primeira vez. Loki já o está controlando, o que deixa o gancho para o filme dos Vingadores.

Capitão América

Assim como o primeiro Homem de Ferro, o filme do Capitão foi uma grata surpresa, já que o personagem não tinha lá grande carisma, especialmente fora dos EUA. Bastante fiel à história original, vemos o franzino Steve Rogers tentar alistar-se, sem sucesso, até finalmente conseguir entrar num programa especial: o Programa do Supersoldado.

Parêntese rápido: a cena em que ele conhece o programa, na Feira do Futuro de Howard Stark, começa mostrando um androide, referência ao Tocha Humana original. Gancho que dificilmente será usado.

O bacana do filme é ver a evolução do personagem em poucas horas, o que me lembrou o primeiro Aranha, de Sam Raimi. No filme do aracnídeo vimos a primeira fase do herói resumida na película e com o Capitão foi a mesma coisa: ele usando o escudo triangular e fazendo shows, depois já com o escudo de vibranium, reunindo um time para enfrentar a HIDRA e assim por diante.

Além disso, ninguém que leu os quadrinhos acreditaria que o escudo funciona na tela, com aqueles ricochetes exagerados que só fazem sentido no papel. Mas funciona, por incrível que pareça.

Uma das coisas que me incomoda é o fato do Dr. Zola, um dos vilões mais cruéis do Capitão, parecer bastante incomodado com a malignidade do Caveira Vermelha. Zola foi responsável por centenas de atrocidades durante a guerra, mas aqui, quase parece que ele está ali à força. Parece que não decidiram qual seria a personalidade do personagem no filme, que fica pendendo de um lado para outro a todo instante.

Enfim, os planos do Caveira – líder de um braço do exército nazista que ele chama de HIDRA – envolvem o Tessaract, mas o Capitão consegue frustrá-los ao afundar seu avião no oceano. Infelizmente, teve que afundar-se junto, o que o deixou congelado por quase 70 anos. O filme termina com ele despertando em nossa época e encontrando Nick Fury.

Cena extra: preview do filme dos Vingadores

Vingadores

A primeira fase do MCU culmina aqui. Os filmes anteriores serviram para apresentar os heróis. Agora, é hora de colocar todo mundo junto, algo perfeitamente comum nos quadrinhos, mas que jamais havia sido feito no cinema.

Com o primeiro filme dos Vingadores, veio a realização de um sonho  nerd. A reunião dos heróis apresentados até então em um só filme, de uma maneira que ninguém esperava que fosse dar certo na tela do cinema. De novo, eu faço um paralelo com o Aranha de Sam Raimi aqui. Na época, era difícil de conceber um homem soltando teias e se balançando pelos prédios de Manhattan de uma forma que ficasse igual aos quadrinhos. Mas eles fizeram.

Aqui, a mesma coisa. Era como se os gibis que líamos quando criança subitamente ganhassem vida e as cenas estáticas dos quadradinhos agora pudessem se movimentar. Só por esse feito, o filme já é incrível e por isso mesmo, um dos meus favoritos até o momento. Mas o roteiro não deixa nada a desejar.

A trama é levemente baseada no original (pois foi por culpa de Loki que os Vingadores foram reunidos, originalmente) mas também segue com uma mistura da versão “Ultimate” dos Vingadores, na qual eles enfrentam a ameaça dos Chitauri. Aqui, o deus da trapaça recebe uma ajuda externa para conseguir o Tessaract e, em troca, governar a Terra. Para tanto, alguém lhe dá um cetro que lhe permite controlar a mente de qualquer pessoa e as primeiras vítimas são o Gavião Arqueiro e o Dr. Selvig.

Na época do filme não sabíamos, mas tanto o Tessaract quanto o Cetro são duas das jóias do infinito, itens que permeiam todas as 3 fases do MCU e que culminarão no confronto dos heróis com Thanos.

Loki, sabendo que os heróis da Terra serão o único obstáculo entre ele e seu objetivo, tem um plano. Por isso, deixa-se capturar e vai parar no porta-aviões aéreo da SHIELD pelo Capitão América, Homem de Ferro e Thor, mas não sem antes o tradicional confronto entre os três, é claro.

Bruce Banner também está abordo, por conta de seu conhecimento em radiação gama, já que o cetro deixa um rastro dessa radiação. E também a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro, que apareceram nos filmes anteriores.

O porta-aviões é atacado, Hulk é liberado contra os heróis e Loki escapa, matando o Agente Colson durante a fuga. Colson, que permeou toda a primeira fase dos filmes, acaba tendo uma morte digna.

A Viúva consegue liberar Clint do controle mental e os heróis se preparam para o confronto final, quando Loki consegue abrir o portal para que o exército Chitauri avance sobre Nova Iorque.

Começa, então, uma das cenas de ação mais fantásticas do cinema, de modo que não se via algo assim desde a trilogia do Senhor dos Anéis. Os poderes vistos na tela, saltando diretamente do gibi, Hulk roubando a cena, divisão perfeita de tempo de cena e importância para cada herói.

A batalha é tão épica que teve consequências para os filmes e séries vindouras, sempre sendo mencionada como um divisor de águas na história da humanidade. Por fim, Loki é derrotado e Thor leva-o a Asgard para ser julgado por seus crimes, juntamente com o Tessaract.

Se me dissessem, na época, que o filme seria uma mistura de Loki, com Chitauri e jóias do infinito, eu provavelmente daria risada e diria que tinha tudo para dar errado. Mas o roteiro foi muito bem construído, aproveitando o melhor de cada elemento e foi muito gratificante ver os Vingadores unidos pela primeira vez.

Cenas Extras: Vemos Thanos pela primeira vez, revelando que era ele quem ajudara Loki, e acompanhamos os heróis comendo Shawarma após a batalha.

Homem de Ferro 3

A fase 2 se inicia com o encerramento da trilogia do latinha, mas o filme consegue ser ainda pior do que o seu predecessor. Isso porque a trama é bem simplista perto do que poderia ter sido, limitando-se a apresentar um vilão raso, que busca vingança por ter sido rejeitado por Tony Stark no passado ao mesmo tempo em que procura executar um plano copiado dos filmes de James Bond: construir armas, forjar a eminência de uma guerra para criar demanda, vender suas armas para supri-la e ficar rico.

Ok, eles quiseram focar a ameaça no vírus Extremis, criado por Aldrich Killian e Maya Hansen. Mas o fato de termos o Mandarim no filme apontava para algo grandioso, visto que ele sempre foi o maior inimigo do Homem de Ferro e um exímio estrategista. Muitos gostaram do “plot twist” na segunda metade do filme, em que é revelado que ele não passa de um ator. Eu me incluo no grupo dos que detestou essa saída preguiçosa e constrangedora, relegando um ator do calibre de Ben Kingsley a mero coadjuvante.

Poderiam ter feito tanta coisa nesse filme. Um plot que eu acharia particularmente interessante seria o da Guerra das Armaduras, que colocou o Vingador Dourado para enfrentar diversos vilões que faziam uso da tecnologia Stark contrabandeada. O Mandarim poderia estar por trás desse plano e seria épico um confronto final com Fin Fang Foom, o dragão chinês. Ora, se temos aliens e asgardianos no MCU, o que é um dragão?

Ou, já que introduziram o conceito da IMA (no filme, Killian é quem funda a companhia), poderiam ter feito algo centrado neles. Ok, ninguém quer ver aqueles trajes amarelos ridículos na tela de cinema, mas a IMA, além de ter dado dor de cabeça aos heróis em diversas ocasiões, está diretamente ligada à criação de Adam Warlock. Se ele tivesse aparecido nesse filme, poderíamos tê-lo visto junto aos Guardiões da Galáxia e liderando os heróis em Guerra Infinita. Tanto potencial desperdiçado.

Fora que na maior parte do filme, é o próprio Tony quem parte para a ação, sem fazer uso de sua armadura. Vai de peito aberto mesmo contra os bandidos, incorporando um Bruce Willis, sem qualquer treinamento, mas milagrosamente escapando de todos os tiros. E a Pepper com superpoderes no final, é tão ridículo que chega a dar vontade de devolver o ingresso do cinema e pedir o dinheiro de volta.

Mas tem coisas legais. É nesse filme que Tony inaugura sua tecnologia de controle remoto das armaduras, o que culmina no exército de seus trajes na sequência final. Exagerado, mas interessante ver as diferentes armaduras que ele bolou ao longo dos anos, com as mais diversas utilidades, muitas das quais fazem homenagem à algumas contrapartes que vemos nos quadrinhos.

O filme fecha um ciclo na vida de Tony, que finalmente remove o reator do seu peito e é obrigado a começar as coisas do zero. É um final digno para a trilogia, embora não explique como ele volta à ativa em Vingadores 2. Mas podemos viver com isso.

Cena extra: apenas uma piada dele com Bruce Banner.

Thor: O Mundo Sombrio

Muito melhor do que o filme anterior do asgardiano, esse inicia com Thor tendo de trazer paz aos nove mundos após a destruição da ponte Bifrost no final do primeiro filme. Embora não fique claro o porquê desse fato ter desencadeado guerras nos mundos ou como a ponte pôde ser reconstruída, esse não é o ponto focal da trama.

A questão é que se aproxima um alinhamento dos nove mundos e, na Terra, Jane acaba inadvertidamente descobrindo o éter (que no final se revela como outra das jóias do infinito), que passara milênios escondido após os asgardianos vencerem a guerra contra os Elfos Negros. Agora, o líder deles, Malekith, desperta com os últimos de sua raça, determinado a recuperar o éter e trazer de volta a escuridão primordial do início do Universo.

Apesar de simplória e linear, a trama é bem construída e amarrada, com vários momentos empolgantes. O ataque dos Elfos a Asgard é um dos pontos altos e eles parecem ser uma ameaça maior do que os mortos de Hela no terceiro filme. Frigga, mãe de Thor e Rainha de Asgard, acaba morrendo no conflito. Seu funeral acaba sendo um dos momentos mais bonitos entre todos os filmes da Marvel produzidos.

Como resultado, Thor pede ajuda a Loki – então encarcerado após os eventos do filme dos Vingadores – para ir até Svartalheim buscar vingança, já que só ele conhece um caminho clandestino. Loki ajuda, mas forja sua morte e aproveita a oportunidade para roubar o trono, disfarçando-se de Odin. Thor vai até a Terra para o confronto final com Malekith, só conseguindo vencê-lo graças à ajuda de Jane, Dr. Selvig e seus amigos.

Cena extra: Vostagg e Lady Sif levam o éter até o Colecionador. No MCU ainda não ficou exatamente claro quem ele é, mas nos quadrinhos, ele e o Grão-Mestre (que faz parte do terceiro filme do Thor) fazem parte dos Anciões, uma das raças mais antigas do Universo. Eles lhe entregam o Éter para deixá-lo em segurança, já que eles já estavam em posse do Tessaract e não seria sensato deixar duas jóias do infinito no mesmo lugar. Uma segunda cena extra mostra Thor se reencontrando com Jane na Terra.

Capitão América: O Soldado Invernal

Na época de seu lançamento, foi tido como o melhor filme da Marvel até então, e não era para menos: foi, no mínimo, o mais “diferentão”, com uma trama envolvendo espionagem e intrigas de todos os lados.

O filme de cara já nos apresenta Sam Wilson, o Falcão que se tornará parceiro do Capitão nesse e nos filmes vindouros, tal como nos quadrinhos. Em seguida, vemos Rogers – agora um agente da SHIELD – e a Viúva Negra liderando um ataque a um navio da organização que foi abordado por um terrorista chamado Batroc.

Nos quadrinhos, o apelido de Batroc é “O Saltador”. Graças a Deus que não fizeram um uniforme para ele que remetesse ao original ridículo. A missão termina bem-sucedida com o resgate de prisioneiros, mas o Capitão descobre que a Viúva tinha outra missão, de roubar dados do navio.

Quando Fury não consegue ler os dados, ele confronta seu superior, Alexander Pierce – que nos quadrinhos era apenas um agente da SHIELD – pedindo para que ele adie o lançamento do projeto Insight. Tal projeto visa colocar três porta-aviões aéreos no ar, com tecnologia capaz de atingir qualquer um em qualquer lugar. Mas Nick percebe que algo está errado e, após a conversa com Pierce, ele é atacado.

Mal conseguindo escapar, ele vai até o Capitão e é baleado logo após contar o que está acontecendo. Rogers persegue o assassino e tem o seu primeiro encontro com o Soldado Invernal, mas este escapa. Passando a ser perseguido pela SHIELD, o herói pede ajuda a Sam e Natasha (a Viúva Negra) para descobrir o que está acontecendo.

Rastreando a origem dos dados, ele vai até o local onde treinara durante a segunda guerra. Lá, descobre que Zola ainda está vivo, como um programa de computador. É ele quem esclarece que a HIDRA se infiltrou na SHIELD desde sua fundação e agora chegara o momento de tomar o controle, graças ao Projeto Insight.

Eles escapam do ataque de um míssil e, em fuga, confrontam o Soldado Invernal uma vez mais. É quando Rogers descobre que ele era seu velho amigo Bucky, que ele pensava ter morrido no filme anterior. Ligando os pontos, conclui que a HIDRA deve ter feito lavagem cerebral nele e transformando-o em uma arma viva.

Reencontrando Fury – que havia forjado sua morte para poder agir livremente – e a Agente Hill, eles bolam um plano de contraofensiva e retornam à SHIELD para impedir o projeto Insight. No confronto, a corporação acaba desmantelada, seus segredos são vazados e o Capitão consegue fazer com que Buck se lembre do passado.

O Capitão cai para a morte, mas seu velho parceiro acaba salvando-o. Com o fim da SHIELD, a equipe se separa, mas o Capitão se compromete a ir atrás de seu amigo para ajudá-lo.

O interessante é que o filme deixa vários ganchos no seu decorrer. Menciona Stephen Strange, dando e entender que o vindouro filme do Dr. Estranho se passa antes da Fase 2, talvez mesmo da Fase 1. Apresenta Brock Rumlow, agente da SHIELD (na verdade, da HIDRA), que mais tarde se tornará o vilão Ossos Cruzados, um dos inimigos mais implacáveis do Capitão nos quadrinhos.

E toda a confusão SHIELD/HIDRA teve impacto direto na série Agents of SHIELD, que diga-se de passagem, começou a melhorar a partir daí.

Cena extra: vemos o Barão Von Strucker, um dos cabeças da HIDRA, de posse do Cetro de Loki e menciona os gêmeos Mercúrio e Feiticeira Escarlate como fruto de experimentos científicos, deixando o gancho para Vingadores 2. Também vemos Buck visitando o museu que conta sua história e a do Capitão.

Guardiões da Galáxia

Foi uma aposta arriscada. Os Guardiões não eram personagens muito conhecidos mesmo entre os fãs de quadrinhos. Mas a Marvel conseguiu fazer com eles um filmes competente e divertido, ao mesmo tempo em que apresentou a parte “cósmica” de seu Universo para os espectadores.

O protagonista é Peter Quill, conhecido como Senhor das Estrelas, que fora raptado da Terra ainda quando criança por um Saqueador chamado Yondu. Quill acabou também se tornando um Saqueador e o filme começa com ele buscando um misterioso orbe, objeto que também é desejado pelo cruel Ronan, o Acusador.

Ronan, vilão “meia-boca” nos quadrinhos, é um Kree que não concorda nem um pouco com o tratado de paz que seu povo assinou com Xandar após mil anos de guerra. Ele então alia-se a Thanos, prometendo lhe trazer o orbe se o Titã Louco lhe ajudar a destruir seus inimigos. Para tanto, ele conta com a ajuda de Gamora e Nebulosa, filhas de Thanos.

Em Xandar, Quill confronta Gamora, ao mesmo tempo em que Rocky e Groot procuravam por alguém com a cabeça a prêmio e por acaso também esbarram em Quill. A confusão criada por eles acaba fazendo-os serem presos pela Tropa Nova. Na prisão, conhecem Drax, o Destruidor, que culpa Ronan pela morte de sua família.

Gamora logo esclarece que iria trair Ronan e levar o orbe a outro comprador por 4 bilhões de unidades. Eles então decidem deixar as diferenças de lado e trabalhar juntos para escapar e dividir os créditos. Drax, apenas interessado na vingança, junta-se ao grupo e eles vão a Lugarnenhum, um local no meio da galáxia onde a gigantesca cabeça decepada de um Celestial jaz flutuando.

(Nota: no Universo Marvel, os Celestiais são deuses e sua história está diretamente ligada à origem do Universo e da própria vida.)

É lá que vive o Colecionador (sim, o mesmo do final de Thor: O Mundo Sombrio), que queria adicionar o orbe à sua coleção. É ele quem finalmente esclarece que o orbe é mais uma das jóias do infinito e explica, pela primeira vez no MCU, a origem e o que são as seis jóias.

Ronan e suas tropas acabam lhes encontrando, dando-lhes uma surra e roubando a jóia. Sabendo que Ronan não se contentará em destruir Xandar, eles bolam um plano suicida para deter o vilão. Aliando-se aos Saqueadores e à Tropa Nova, eles finalmente conseguem derrotá-lo e recuperar a jóia, que fica sob custódia dos Xandarianos.

Cena Extra: voltamos ao covil do Colecionador em ruínas, onde vemos ele conversando com Howard, o Pato. Provavelmente ele não fará nenhuma outra aparição nas telonas, mas ainda assim foi legal de ver uma justa homenagem a esse emblemático personagem.

Vingadores: A Era de Ultron

Todos os filmes da Marvel dividem opiniões. Mas talvez nenhum o faça tanto quando o segundo filme dos Vingadores. Particularmente, apesar de algumas falhas pontuais, eu gosto bastante. É claro, ele não tem o mesmo impacto que o predecessor, mas ainda assim, tem coisas muito legais.

Ele já começa com uma baita sequência de ação que faz uma baita referência às HQs. A cena em que todos os heróis aparecem na tela parece extraída de uma página dupla de um gibi. Trata-se, é, claro, dos Vingadores perseguindo as bases da HIDRA em busca do Cetro de Loki (que detém a jóia da mente), gancho deixado pela cena extra do segundo filme do Capitão.

O que decepciona, mais uma vez, é o potencial desperdiçado de um vilão, neste caso o Barão Strucker. Nos quadrinhos, outro dos maiores adversários do Capitão América. Aqui, um bobalhão que se entrega facilmente e acaba morto na metade do filme.

Após um primeiro encontro com Wanda (Feiticeira Escarlate) e Pietro (Mercúrio) e a visão de Stark de um futuro sombrio, os heróis conseguem desmantelar a última base da HIDRA e recuperam o cetro. Hora de comemorar. Mas Stark tem outros planos. Ao analisar o conteúdo da pedra na ponta do cetro, ele descobre potencial para, com a ajuda de Banner, criar o protocolo Ultron, cuja ideia seria defender a humanidade contra perigos vindouros. Enquanto eles estão celebrando a vitória, contudo, Ultron desperta e começa a ter suas próprias ideias para a humanidade.

A festa é uma atração à parte. Agora com os heróis mais à vontade, eles interagem, brincam, fazem menções aos acontecimentos de outros filmes, comentam sobre pessoas que não estão lá. A cena em que eles tentam levantar o martelo do Thor é, no mínimo, hilária.

Enfim, Ultron os ataca, acabando com a festa e roubando o cetro novamente. Aliás, para mim, um dos pontos fracos do filme é o próprio Ultron. Ele é uma IA avançadíssima, mas ao invés de soar mecânico, tem microexpressões que passam emoção e chega até a fazer piadinhas. Não tem lá muito a ver com o personagem, no meu entender.

Logo fica claro que a ideia dele de “paz” é a extinção da humanidade e eles começam a persegui-lo, agora aliado aos gêmeos. Em um novo confronto, Wanda consegue enfeitiçar quase toda a equipe e joga o Hulk contra uma cidade altamente povoada. Sem o apoio da equipe, Stark é obrigado a chamar “Verônica” para detê-lo, nos quadrinhos conhecida como a armadura “Hulkbuster”, desenhada especialmente para enfrentar o gigante esmeralda de igual para igual. E a cena do confronto entre os dois é o que vale o filme, diga-se de passagem.

Depois de terem levado uma surra e a imprensa desejar suas cabeças, Clint os leva a um refúgio, onde vivem sua mulher e filhos. Ficamos sabendo um pouco mais sobre ele e sobre a Viúva, temos alguns ganchos sutis para Guerra Civil e Vingadores 3, enquanto Thor vai em busca de respostas. Aqui, mais uma coisa que destoa totalmente do resto do filme. Ao invés dele ir até Asgard, não, pede ajuda de Selvig (?) para encontrar um poço sinistro onde completa sua visão iniciada por Wanda. É ele quem fica sabendo, portanto, sobre as jóias do infinito.

Nick Fury volta a aparecer para ajudar os heróis. Ao mesmo tempo em que eles deduzem o plano de Ultron de produzir um novo corpo com vibranium, Wanda e Pietro percebem seu plano de aniquilação global e decidem traí-lo, ajudando o Capitão, a Viúva Negra e o Gavião Arqueiro a roubar o protótipo do novo corpo e salvar inocentes que fatalmente virariam efeito colateral durante a batalha.

Stark, então, decide aproveitar a oportunidade para corrigir o que dera de errado em Ultron e colocar a mente de Jarvis no novo corpo de vibranium, que agora detém a jóia da mente na sua testa. Os heróis discordam e brigam entre si, mas neste momento, Thor retorna e ajuda a finalizar o processo de criação do Visão. O asgardiano então explica aos demais que eles precisam da jóia do lado deles para deter Ultron e por isso fizera aquilo.

Agora sabendo que Ultron pretende erguer a cidade inteira da Sakovia até os céus e transformá-la em um meteoro, os Vingadores se aprontam para a batalha final contra ele e seu exército de robôs (que até hoje ninguém entendeu como pôde ter sido fabricado em tão pouco tempo).

Na batalha, Pietro perde a vida, o Hulk acaba escapando em um quinjet e vemos o Máquina de Combate em ação junto com os Vingadores pela primeira vez. Após conseguirem deter a ameaça, a equipe se dissipa uma vez mais, com Thor prometendo investigar quem está atrás das jóias do infinito e estava manipulando-os esse tempo todo. Um novo quartel-general é criado longe da cidade. Lá, o Capitão fica a cargo de liderar a nova equipe, que conta com Viúva Negra, Visão, Máquina de Combate e Falcão.

Cena extra: Thanos pegando a manopla, decidido a ir atrás das jóias pessoalmente.

Homem-Formiga

Aqui, damos um descanso nos filmes cheios de heróis e retornamos à simplicidade para apresentar apenas um. Necessário, já que ele fará parte do próximo. O filme se destaca por ser tão divertido quando Guardiões, ao mesmo tempo que destoa de todos os outros filmes até agora. Justamente por se tratar de um filme de roubo e não um filme de super-herói propriamente dito.

No passado, Hank Pym inventou uma partícula que permitia a ele diminuir de tamanho. Aliado a um dispositivo capaz de controlar formigas, ele se tornou um agente do governo que fez missões secretas como o Homem-Formiga. Na época, Howard Stark e outros tentaram de apoderar de sua invenção, por isso ele decidiu se aposentar e escondê-la.

Um detalhe interessante é que nos quadrinhos, Hank é uma das maiores mentes do planeta, junto a Stark, Banner e o Sr. Fantástico. Ele e sua esposa combatiam o crime como Gigante e Vespa e foram membros fundadores dos Vingadores.

O filme, contudo, foca a história em Scott Lang, um ladrão que viria a se tornar o segundo Homem-Formiga. Agora livre da cadeia após cumprir pena, tudo o que Scott quer é endireitar para poder se reconciliar com a filha pequena. Hank, no entanto, tem outros planos.

Graças à sua filha, Hope, que trabalha para o magnata da ciência Darren Cross, ele descobre que o inescrupuloso Cross está perto de replicar sua partícula no traje que ele apelidou de “Jaqueta Amarela”. Sabendo dos perigos que isso pode acarretar, Hank aborda Scott para convencê-lo a ajudá-lo.

Ele explica como o traje funciona e os perigos de usá-lo sem um regulador: ele poderia encolher infinitamente e se perder no universo subatômico. Foi assim que sua esposa morrera em uma das missões que eles faziam juntos.

Os três montam uma equipe e invadem a Cross, exatamente na noite em que Darren se preparava para vender seu traje para a HIDRA. Cross veste o traje para tentar impedi-los, mas é vencido por Scott, que acaba tendo de ficar momentaneamente subatômico para derrota-lo, embora consiga voltar.

Cenas extras: Hank apresenta à filha um protótipo avançado do traje da Vespa e vemos um preview de Guerra Civil.

Capitão América: Guerra Civil

O início da fase 3. Já fiz um review mais detalhado aqui, mas continuo achando o melhor filme de Marvel até hoje. Muitos reclamam do vilão, e eu concordo que a Marvel novamente desperdiça o potencial de um puta personagem como Helmut Zemo. Mas este filme não é sobre o vilão. É sobre os heróis.

Quase como um “Vingadores 2.5”, mas ainda um filme do Capitão, Guerra Civil aproveita o gancho deixado por “Soldado Invernal” e mescla com uma das HQs mais importantes da Marvel de nosso tempo. Em Guerra Civil, o governo cansa dos heróis agindo inconsequentemente e aprova uma lei que diz que todos eles deverão se submeter a uma lei de registro, onde devem revelar suas identidades secretas e receber treinamento adequado. É essa proposta que acaba dividindo-os, sendo que muitos continuam atuando como vigilantes.

Já o filme começa com a equipe perseguindo Rumlow, que em “Soldado Invernal” teve graves ferimentos e culpa o Capitão por isso. Agora já no traje de Ossos Cruzados, ele lidera uma equipe de mercenários que é detida pelos Vingadores, mas não ao custo de vidas inocentes. Quando o vilão tenta se matar explodindo, Wanda o joga para cima, fazendo parte de um prédio explodir.

Isso, aliadas às crescentes batalhas travadas pelos heróis e que deixam graves consequências pelo caminho, faz com que a ONU proponha o “Tratado de Sokovia”, assinado por mais de 100 países. Pelo tratado, os Vingadores deixariam de ser uma organização privada para se submeter a um painel da ONU que sancionaria suas ações e aplicaria consequências, quando couber.

Ligeiramente diferente da HQ, ainda assim a proposta (que é apresentada a eles por Thadeus Ross, o mesmo do filme do Hulk, mas agora secretário de Estado) divide opiniões. Enquanto Homem de Ferro, Máquina de Combate, Visão e a Viúva Negra são a favor, o Capitão América e Falcão são contra. Três dias depois, quando os países se reúnem para sancionar o tratado, a ONU é atacada. No ataque, o rei de Wakanda é morto e Tchalla, seu filho, jura vingar sua morte.

Quando as pistas apontam para Bucky, o Capitão decide ir atrás dele com a ajuda de Sam antes que as coisas piorem. É quando surge o Pantera Negra, na verdade, Tchalla em seu traje. O confronto se encerra e todos são presos. O que era precisamente o que Zemo queria.

Fazendo algumas artimanhas para causar um blecaute e chegar até o Soldado Invernal, Zemo exige saber o que houve em uma missão em 1991. Após trazer a programação da HIDRA à tona e conseguir a informação, deixa Bucky para enfrentar os heróis e escapa na surdina enquanto o Capitão aproveita para também fugir com Sam e seu velho amigo. Para eles, fica claro quem é o verdadeiro inimigo e o que pretende: Zemo está a caminho de uma antiga instalação da HIDRA para reviver supersoldados que estão congelados há décadas.

Mas eles sabem que, agindo à margem da lei, não chegarão lá sem ajuda. Do outro lado, Stark convence Ross a trazer os heróis foragidos sob custódia e também sabe que sua equipe está desfalcada. Assim, os dois lados começam o recrutamento para a batalha que se dá no aeroporto e é o ponto alto do filme.

O “Team Cap” traz o Soldado Invernal, Falcão, Gavião Arqueiro, Homem-Formiga e a Feiticeira Escarlate. Já o “Team Iron” traz Máquina de Combate, Visão, Viúva Negra, Pantera Negra e, a grata surpresa, o Homem-Aranha. Aliás, o filme é tão bom em apresentar os personagens novos que acaba sendo um filme de origem para o Pantera, enquanto apresenta o Aranha pela primeira vez no MCU de forma soberba.

De qualquer forma, Capitão e Bucky fogem no jato enquanto o pau come. Ao persegui-lo, Rhodes é atingido pelo fogo amigo de Visão e cai com a armadura avariada direto para o chão. Como resultado, perde momentaneamente a mobilidade das pernas.

Logo em seguida, Stark descobre sobre Zemo e, percebendo que fora manipulado, vai atrás do Capitão para tentar ajuda-lo. Finalmente na base da HIDRA, todavia, o plano de Zemo se revela como sendo outro. Ele matou os supersoldados e tudo o que queria era trazer os heróis até ali. Revela, então, a missão de 1991, na qual o Soldado Invernal matou Howard Stark e sua esposa.

O confronto se reinicia entre os três, que era precisamente a intenção de Zemo o tempo todo. Sua intenção era vingar a morte de sua família em Sokovia, na qual culpava os Vingadores, embora tivesse consciência de que jamais conseguiria derrota-los, sendo apenas um homem. Sabia, no entanto, que se pudesse jogá-los uns contra os outros, talvez eles fossem desmantelados permanentemente.

Na batalha que se segue, Bucky perde o braço de metal e o Capitão deixa o escudo para trás. Após derrotar Tony, este bradou que o escudo fora feito pelo seu pai e ele não o merecia.

O Pantera, que os seguira até ali, acaba impedindo Zemo de se matar após cumprir seu plano. Zemo é encarcerado, mas feliz por ter conseguido separar os heróis. Ou assim ele pensa, pelo menos.

Cenas extras: Tchalla abriga Steve e Bucky em Wakanda. Este, sabendo que não pode confiar na própria mente, pede para ser congelado uma vez mais. E vemos também Peter Parker descobrir o sinalizador-aranha em seu traje feito por Stark.

Doutor Estranho

Assim como o primeiro Thor estreou a parte “mitológica” do MCU e o primeiro Guardiões estreou a parte “cósmica”, Dr. Estranho introduz a parte “mística”. Embora haja uma incongruência com a menção a Stephen Strange em Capitão América – Soldado Invernal (e alguém liga?), o filme é mais do que competente em apresentar o mestre das artes místicas ao público embora, mais uma vez, eu ache que a passagem de tempo se dá de forma muito rápida.

O cara vai de um médico arrogante a profundo conhecedor do misticismo em questão de dias. Mas fora isso, o roteiro é bem legal, os efeitos estilo “A Origem” são de tirar o fôlego e a penúltima jóia do infinito é revelada: o Olho de Agamotto, que embora nos quadrinhos tenha uma conotação completamente diferente, aqui se torna a jóia do tempo.

A trama gira em torno de Kaecilius, antigo discípulo da Anciã, que pretende abrir as portas para a dimensão de Dormamu e levar a Terra até lá. Strange, desesperado para recuperar a mobilidade das mãos após um acidente de carro, acaba sendo treinado pela Anciã nas artes místicas e tendo de enfrentar o próprio Dormamu quando ela morre.

Com a ajuda de Mordo, outro dos discípulos da Anciã, Strange acaba fazendo uso do Olho para derrotar o vilão e concorda em se tornar o novo protetor da Terra contra ameaças místicas.

Cenas extras: vemos uma conversa entre Thor e o Dr. Estranho, deixando o gancho para Ragnarok, e também Mordo se transformando em vilão.

Guardiões da Galáxia – Vol. 2

Nada de jóias do infinito desta vez. Bem diferente de seu predecessor, o segundo Guardiões apresenta uma trama um tanto quanto arrastada, focada no pai do Senhor das Estrelas. Tanto que não fica claro, até mais ou menos metade do filme, quem é o vilão ou sobre o que é a história.

Trata-se de Ego, nos quadrinhos conhecido como “O Planeta Vivo” e aqui, um Celestial. Basicamente, o que ele quer é consumir a energia de seu filho, como fez tantas outras vezes durante eras, com todos os seus outros herdeiros.

O filme ainda é divertido, mas há vários momentos dramáticos com Yondu e os Saqueadores, o confronto entre as irmãs, Gamora e Nebulosa, o romancezinho entre Draxx e Manthis, e até mesmo Rocky revela seus medos.

Um bom filme, aquém de seu potencial, mas ainda assim, legalzinho. No fim, Nebulosa promete caçar Thanos e mata-lo por tudo que ele fez com ela.

Cenas Extras: bem, esse bate o recorde de cenas entre e após os créditos. Vemos os Guardiões da Galáxia originais, os Vigias, Groot adolescente e o casulo de Adam Warlock (que nos quadrinhos, lidera a guerra contra Thanos, mas infelizmente, parece que não aparecerá em Vingadores 3 nem 4).

Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Quando os primeiros filmes do Aranha saíram, dirigidos por Sam Raimi, fiquei muito feliz. Porque, apesar de uma ou outra mudança, eram bastante fiéis aos quadrinhos. Eu já disse o que eu mudaria neles aqui, onde também falo com mais detalhes sobre De Volta ao Lar.

Ele não é tão fiel quanto os de Raimi. Aqui o melhor amigo de Peter é Ned Leeds, seu interesse romântico é Liz Allen, temos a “tia May atraente” ao invés da velhinha eternamente doente… mas de qualquer modo, isso não faz a menor diferença.

O filme acerta em não contar a mesma história de origem que já estamos cansados de saber, conta com uma trama competente e mostra, pela primeira vez, o verdadeiro Aranha que aprendemos a adorar. O humor, os gadgets, o senso de responsabilidade… está tudo lá.

Importante frisar a participação de Tony Stark, que é quem lhe fez o traje que apareceu em Guerra Civil e que ele usa na maior parte do filme, além do novo traje blindado, que aparecerá em Guerra Infinita.

Cena Extra: vemos Toomes (o Abutre) na prisão, falando com Mac Gargan (o Escorpião).

Thor: Ragnarok

Minha expectativa com esse filme era altíssima. Além de reunir os dois Vingadores que não apareceram em Guerra Civil (e os mais poderosos, diga-se de passagem), o tema é centrado no Ragnarok, a batalha final dos deuses nórdicos. O filme só poderia ser épico.

Só que não é bem assim. Já começa resolvendo de forma muito rápida o gancho deixado no final do filme anterior, desmascarando Loki nos primeiros 5 minutos e apresentando um Thor muito diferente dos outros filmes, todo piadista e fanfarrão.

A descaracterização dos personagens fica presente o filme todo. Thor falando “Meu Deus”, asgardianos que nunca ouviram falar de Hela e um Loki que quase não faz diferença o filme todo. A surpresa é a Valquíria, que surge com personalidade forte e exímia guerreira.

Logo após Thor e Loki presenciarem a morte de Odin, vem a ameaça de Hela, que ataca Asgard e acaba enviando Thor e Loki a um planeta desconhecido, onde conhecemos outro dos Anciões, o Grão-Mestre. Neste planeta, ele organiza torneios pela diversão, e na arena, Thor acaba encontrando o Hulk (que estava lá desde o final de Era de Ultron) e a Valquíria. Os quatro se unem para escapar de lá e salvar Asgard de Hela.

Mas ela é poderosa demais, mesmo para Thor. Após perder um olho, ele liberta Surtur, que pela profecia, é quem desencadeará o Ragnarok sobre Asgard. E é o que ele faz, destruindo a cidade dourada enquanto Thor resgata os asgardianos, colocando todos em uma nave. Subentende-se, no entanto, que Loki tenha recuperado o Tessaract antes de escapar.

Apenas um parêntese para esclarecer o porquê de toda essa minha decepção com o filme. Na mitologia nórdica, a batalha final tem o exército de Loki de um lado, que conta com Surt, Hela, Fenrir, Jogurmand e muitos outros, enquanto do outro lado, Odin e Thor lideram os deuses Aesir. Heimdall chega, inclusive, a perecer em batalha contra Fenrir, o que eu achei que ia realmente acontecer no filme quando os dois se encontram.

A batalha final não é nada menos que épica, e muitos deuses morrem. O que passa bem longe do que vemos no filme. Hela é a principal ameaça o tempo todo e mal vemos um exército de mortos-vivos avançar sobre Asgard. Em suma, a trama acabou sendo bem simplória e banal, o que não significa, é claro, que o filme não seja divertido.

Cena Extra: vemos uma nave abordando os asgardianos no espaço. Não vemos quem é, mas muito provavelmente seja Thanos, atrás do Tessaract que está com Loki.

Pantera Negra

A melhor definição que vi desse filme veio do Mauricio Muniz: é James Bond misturado com Rei Leão. E é bem isso mesmo. Significa que seja ruim? Muito pelo contrário. É um filme bem diferente dos demais do MCU, que começa com uma trama de espionagem, mas logo se torna uma história sobre a África, com uma pesada crítica social.

Apesar disso, ele é bastante previsível. A toda hora você sabe exatamente o que vai acontecer, não surpreendendo o telespectador em nenhum momento. De qualquer forma, vale a assistida para entender Wakanda, a mitologia por trás do Pantera Negra e a ascensão de Tchalla como Rei.

A trama é bem simples, na verdade, girando em torno de um wakandiano renegado que retorna para desafiar Tchalla e assumir o trono. Mas as questões levantadas, como “Por que Wakanda, com toda essa tecnologia, não ajuda os países vizinhos? Por que eles não fazem nada para diminuir o sofrimento de milhões de negros em todo o mundo?” fazem toda a diferença e têm crucial impacto no final do filme.

Cena extra: vemos Bucky, o Soldado Invernal, despertado, já fora da cápsula criogênica, aparentemente curado da lavagem cerebral feita pela HIDRA.

E é isso até agora. A imagem acima ilustra o que sabemos até o momento: A jóia da mente está na testa do Visão; a jóia do poder está com a Tropa Nova em Xandar; a jóia do tempo está com o Dr. Estranho; a jóia da realidade com o Colecionador; a jóia da alma ainda é desconhecida (embora a teoria mais aceita é que esteja com Heimdall) e o Tessaract, a jóia do espaço, está agora com Loki.

O que provavelmente acontecerá, pelo que vimos no trailer, é que Thanos já comece com a jóia do poder, tendo roubado de Xandar. Após pegar a segunda jóia com Loki, ele lança Thor e o Hulk no espaço. Thor encontra os Guardiões enquanto Banner cai na casa do Dr. Estranho. A partir daí, vai ser a luta dos heróis para impedi-lo de conseguir as outras jóias, na qual falharão miseravelmente.

Por Odin, vai ser foda demais!!! Agora, é controlar a ansiedade e ir aos cinemas dia 26 de abril, onde veremos tudo culminando no que, se espera, seja um dos confrontos mais épicos da história do cinema. Eu não estou nem dormindo direito, e vocês?

3 comentários em “Preparação para Guerra Infinita: Relembre os filmes da Marvel…

  1. Kkkkkkkkkkkkk O FILME DO HULK CRONOLOGICAMENTE NA LINHA DO TEMPO DO UNIVERSO ACONTECE APÓS HOMEM DE FERRO 2, VOCÊ NÃO COGITOU PENSAR NISSO? KKKKKKKKKKKKKKKKKK HOMEM DE FERRO 1, NICK APARECE E TONY RECUSA, ALGUNS MESES APÓS O ACONTECIMENTOS DE HDF 1 ACONTECE HOMEM DE FERRO 2, TALVEZ NA MESMA ÉPOCA OU UM POUQUINHO DEPOIS ACONTECE KS ACONTECIMENTOS DE HULK, E É AI QUE TONY SE ENCONTRA COM ROSS, EU PAREI DE LER O ARTIGO SÓ PRA FALAR ISSO, VOU CONTINUAR AGORA.

  2. Não, porque em HF2 aparece o Nick Fury e eles comentam sobre a proposta do latinha se juntar aos Vingadores, então não tem como o filme do Hulk ter se passado depois de HF2.

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