Ok, aqui vai um review com uns 2 anos de atraso, mas só consegui jogar o jogo recentemente. E digo-lhes: é sensacional!
Primeiramente, preciso esclarecer que não sou fã do modo de jogo “point and click” da Telltale, não é meu estilo. Também, os gráficos não são lá essas coisas em se tratando de um jogo de 2015. Poderiam ser melhorzinhos. Então, se você não é fã da trilogia, provavelmente vai querer passar longe.
Mas para quem é, como eu, o jogo é sensacional, em termos de história. Todas as referências da história original estão lá: Biff como vilão, a perseguição na praça, o clássico “Ei, que diabos é aquilo?”, linhas temporais alternativas, os antepassados de Marty e, é claro, a clássica trilha sonora que faz toda a diferença.
A trama é dividida em 5 capítulos, começando em 1986, ou seja, após os eventos da trilogia original. Doc está sumido há tempos e George McFly está coordenando a venda de seus bens. É nesse cenário que Marty recebe o Delorean de volta, apenas com Einstein dentro e uma gravação de Doc que não diz muita coisa. É seu trabalho descobrir para onde ele foi, que confusão se meteu dessa vez e ir até lá resgatá-lo.
Para tanto, Marty vai conversar com Edna Strickland (o nome é familiar? Deveria!) e após uma breve investigação, descobre que Doc está preso em 1931 sob o codinome de Carl Sagan. Você então volta no tempo, bem na época da Lei Seca, onde Biff, é claro, comanda a máfia do contrabando de álcool em Hill Valley. O primeiro episódio, “It’s About Time”, trata, portanto, de convencer o jovem Emmet Brown a resgatar sua contraparte que está na cadeia.
No processo, você conhece a jovem Edna, uma repórter, e Trixie, uma dançarina no bar clandestino de Tannen, além de topar com seu avô, Arthur McFly. O episódio termina com uma emocionante perseguição em um camburão de polícia dirigido por Tannen, o que faz lembrar muito o final do segundo filme. Após resgatar Doc, contudo, Marty começa a desaparecer.
No segundo episódio, “Get Tannen”, fica claro que Arthur foi morto em uma emboscada pelos capangas de Tannen e você tem de salvá-lo afim de assegurar sua própria existência. Então, não é hora de voltar para 1986 ainda, mas sim para a Hill Valley de 1931. Tudo acaba bem e Tannen é preso, então parece ser uma boa hora de voltar para o presente.
Ao fazê-lo, contudo, Doc desaparece e Marty se vê em um presente alternativo, onde Doc é um ditador ao lado de sua esposa, Edna. Assim começa o terceiro episódio, “Citizen Brown”. Para piorar, sua namorada, Jennifer, virou uma punk que não quer saber de você. Com o Delorean avariado, a única coisa a fazer é cometer infrações para chamar atenção do “Cidadão Brown”.
O caminho é árduo até finalmente conseguir convencer Doc de que ele está vivendo uma realidade que não é a correta. Edna, contudo, não está disposta a largar mão do futuro que os dois construíram juntos e manda encarcerar os dois.
No episódio 4, “Double Visions”, portanto, você tem que escapar da prisão e voltar a 1931 para convencer o jovem Emmet a terminar com Edna. Mas a coisa não é tão simples, já que ele está perdidamente apaixonado, o Doc alternativo está em dúvida se esse é o melhor caminho a seguir (já que, se o plano der certo, ele será apagado da existência) e Arthur está namorando Trixie, ao invés da avó de Marty, Sylvia.
No fim, você consegue separar Emmet e Edna, mas o Doc alternativo ainda insiste em querer ficar com ela, convencendo a si mesmo de que, para evitar o futuro distópico, basta convencer o seu “jovem eu” a desistir da ciência. E assim começa o último episódio, “Outatime”, em que Marty vai até a Exposição de Ciências para ajudar o jovem Emmet e impedir os planos de Edna e do Doc alternativo.
Eventualmente você consegue cumprir a missão e descobrir que Edna era uma criminosa, mas ela ainda dá um jeito de escapar no Delorean. Minutos depois, o verdadeiro Doc aparece com um segundo Delorean, mas toda Hill Valley desaparece. Eles então têm de descobrir o que houve no passado e voltar até o ano correto para corrigir.
Encontrando a velha Edna e entrevistando-a, fica claro que ela voltou até 1876 e provocou um incêndio que acabou com a cidade. A dupla de aventureiros volta então mais uma vez no tempo para impedir a catástrofe e toda a ação culmina numa emocionante perseguição com os dois Deloreans.
Eles finalmente conseguem impedir sua fuga e devolvê-la à linha temporal correta. Ao se despedir de Arthur, Marty tem uma grata surpresa e finalmente pode voltar ao presente. E a sequência final é, no mínimo, hilária, além de uma justa homenagem à série e a todos os seus fãs.
O game traz ainda um vídeo com os bastidores da produção, muito interessante de ser assistido, dando até vontade de rever os filmes! E para terminar, relembremos as célebres palavras de Doc Brown:
“Seu futuro não foi escrito. O de ninguém foi. Então, façam um bom futuro para vocês!”
Um comentário em “Back to the Future: The Game”