Essa viagem estava ensaiada há tempos. A primeira vez que tentei foi em 2009, mas meu visto fora negado (mais detalhes aqui). Depois foi a vez do meu amigo, André Caliman, tentar em 2010. Estava tudo certo, quando subitamente deu problema com seu passaporte e ele precisou voltar pra casa.
Agora foi a terceira vez. Consegui o visto antecipadamente e comprei as passagens em Janeiro. Reservei o hostel um pouco depois. Dessa vez parecia que não tinha nada que pudesse dar errado, certo?
Errado. Estou eu, terça-feira dia 10, no aeroporto de Curitiba, todo pimpão, fazendo o check-in na TAM quando me informam que o trecho Rio-Charlotte que eu iria fazer não estava aparecendo pra eles. Aí começa a correria. Vai na loja da TAM, liga pra agência, um liga pro outro, o outro liga pro um, resultado: pelo que entendi, a TAM havia alterado seu vôo para meia hora depois e isso não me permitiria ter 2 horas para fazer o chek-in no Rio. Por conta disso, o sistema cancelou minha reserva nesse vôo, apesar de ter mantido as outras. E ninguém comunicou ninguem. A sorte que eu havia chegado com antecedência, mas no fim das contas, só conseguiria embarcar mesmo no dia seguinte, terça-feira, às 14 horas da tarde, chegando em San Diego às 15 horas da quinta. Ou seja, nessa brincadeira, perdi a quarta de estréia e boa parte do evento na quinta.
Mas beleza. Apesar dos pesares, o vôo deu certo, né? Bom, mais ou menos. Chegando em Dallas, que era minha escala, percebi que as rodinhas da minha mala haviam sido destruídas. Legal, hein? Se eu fosse paranóico, diria que alguém jogou alguma praga pra atrapalhar essa viagem de tudo que é jeito. Mas ok, cheguei em San Diego e a companhia me deu uma mala nova que era até melhor do que a que foi estragada. Bom, mas já estava na hora das coisas começarem a dar certo, não e mesmo?
No geral, os vôos foram tranquilos, mas a viagem foi bem exaustiva. Cheguei em São Paulo, peguei ônibus de Congonhas para Guarulhos e tive que ficar mofando lá até as 23 horas. Tenso. Cheguei em Dallas às 12:15 do outro dia. Baita aeroporto gigante, tem dois terminais, sendo que cada um é mais ou menos do tamanho do aeroporto de Guarulhos. Talvez mais. Só que, claro, muito mais organizado, muito mais limpo e bonitinho. Tive que tirar uma foto, porque me lembrou muito o aeroporto da fase final de Max Payne 3. O jogo supostamente se passa em São Paulo, mas pela foto dá pra entender de onde veio a inspiração pro design, concordam?

Aproveitei para almoçar lá num Irish Pub. Pratinho bacana:

E logo se percebe que os esteriótipos que vemos nos filmes não mentem em nada. No aeroporto já dava pra ver de cara os americanos típicos. Tinha um gordinho que me lembrou aquele guarda da sala do Magneto em X-Men 2 e um outro negão careca gigante que estava de farda azul, também me lembrou algum filme. Hehehehe. O vôo Dallas-San Diego estava programado para 13:05, mas atrasou meia hora. E mesmo dentro do avião, parecia que não ia sair nunca. Algum problema técnico. Mas foi tudo bem. Fui ao lado de uma velhinha que ficou me contando a história da vida dela… huahauahuaha. Foda. Aí falei que iria para a Comic Con e ela não sabia do que se tratava. Fiquei surpreso, achei que todo mundo nos EUA soubesse… ou pelo menos todo mundo que estivesse indo para San Diego, pelo menos.
Se eu ficasse 5 minutos a mais dentro de um avião ou aeroporto, acho que dava um tiro na cabeça. Mas enfim, deu tudo certo e peguei um ônibus para ir ao Hostel. No caminho, já pude perceber os banners espalhados pela cidade indicando a realização do evento no San Diego Convention Center. Legal. Eu estava realmente lá! Nos states! Ia para a Comic-Con!

Ah, e nos EUA também existem mendigos nas ruas! Hehehehe. Lembro de uma cena muito engraçada enquanto estava no ônibus, andando na rua tinha um carregando um cobertor. Subitamente o cara jogou o cobertor num banco de praça e começou a gritar com ele, completamente indignado. Juro que ele parecia estar dizendo algo como “Você para com isso, porra!!!”. Hehehehehe. Cheguei no hostel, tomei um banho (mais de 24 horas sem ver um chuveiro, tava feia a coisa) e parti para o evento. No caminho, já comecaram a aparecer os malucos e malucas com seus cosplays, como uma trilha de pão indicando o caminho para a casa de doces.
Depois de pegar meu Professional Badge (desculpa), estava dentro. Puta que o pariu, mano, o bagulho é gigante. E eu achava que a Feira do Livro Internacional de Buenos Aires era grande. E é grande, mas a Comic-Con é DEMAIS. Você fica vislumbrado com a coisa logo na entrada:
E como se não bastasse o primeiro andar estar lotado de estandes e diversas coisas legais, ainda tinha o piso superior, com as salas onde acontecem os painéis. Ah, fora os Halls e salas gigantes onde acontecem os eventos mais “bigs”. E ainda tinha coisa acontecendo do lado de fora! É absurdo!
Eu não sabia nem por onde começar. Para onde olhava, tinha alguma coisa interessante. E gente entrando e saindo o tempo todo. Lembro de ter lido que ano passado o FIQ foi o maior evento da América, em público. Eu estive no FIQ e realmente foi grande o movimento, mas mesmo lá tinha momentos de calmaria. Ali não, era o TEMPO TODO movimentando. Será que a Comic Con desse ano não bate o recorde do FIQ, não?
Ainda meio desnorteado em meio a tudo aquilo e por já ter perdido meia dúzia de coisas legais que eu queria ver, tentei achar a sala onde estaria acontecendo a demo de Assassins Creed III. Depois de muito vai e vem (surpreendentemente tem gente que não sabe informar nada de nada), achei a tal da sala, mas a fila já estava enorme. Desisti e na saída, topei com uma fila para o painel de Dexter e outras séries. Sou fãzaço da série, mas o painel de Expendables 2 iria comecar em 5 minutos.
Fui atras do Hall H e depois de muito andar, consegui achar a tal da fila para esse Hall, que surpreendentemente, não estava grande. Depois descobri o porquê: o Hall H, óbvio, era uma daquelas salas GIGANTES e já estava ocupada pela maior parte do público. Só tinha os retardatários como eu chegando em cima da hora.
Mas valeu a pena. Foi muito engraçado ver os atores de perto e ainda um tirando sarro da cara do outro. Terry Crews era seguramente um dos caras mais engraçados entre os que estavam lá (Stallone, Scwarzas, Lundgren, e Helmsworth). Ele já entrou, subiu em cima da mesa e comecou a urrar que nem um bárbaro maluco. Depois, quando Schwarzenegger entrou, a galera foi à loucura. Algum bate-papo depois e o Arnold falou alguma coisa sobre os músculos de Terry, ao que ele respondeu gritando “Posso morrer agora! Scxwarzenegger elogiou meus músculos! Hahahah!” ao que se seguiu de uma troca de “viadagens” por parte dos dois.
Isso foi so uma amostra do que foi o painel, cheio de piadinhas que o público adorava. O mais quieto era Dolph Lundgren, mas a única vez que ele falou também rendeu boas risadas, já que ele confirmou que deu um soco no Stallone que o mandou para o hospital. “Ele era meu chefe, me mandou bater nele e eu bati.”, hahahah. Ao que Stallone respondeu “So much for realism…”.
Depois foi a hora das perguntas dos fãs. E tinha cada maluco que eu vou te contar. O primeiro foi um cara vestido de jedi, ao que seguiu por um bárbaro que venerou Conan e dois gêmeos idênticos que fizeram Stallone soltar um “Am I Drunk?”.
Depois ainda dei uma última volta para conhecer os estandes, mas já estava cansado de andar, cansado de aeroportos e de aviões. Nessa hora resolvi voltar para o Hostel, que por sinal era bem legal… maior clima de jovens e etc.
Filei uma janta lá e depois fui num bar próximo, que parecia bem bacana. Tinha um cara fazendo perguntas para os clientes, que podiam ser sobre celebridades, filmes, ciência, esportes ou curiosidades. As pessoas que acertavam acumulavam pontos, só não entendi para quê esses pontos serviriam. Rodadas grátis de cerveja, talvez.
Divertido, mas não deu pra ficar até muito tarde, já que no outro dia tinha mais!
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Legal! Estou doida para ver as fotos e saber mais! =D