Só pra não dizerem que só falo da Marvel.

É inegável que a morte do Super-Homem (sim, sou do tempo que falava Super-Homem mesmo, não Superman) é um dos eventos mais emblemáticos dos quadrinhos de todos os tempos, dada sua repercussão, com cobertura da mídia geral em todo o mundo. Lembro até hoje quando vi propaganda na TV deste evento e teve até cobertura em programa jornalístico, acho que foi no Fantástico da Globo. Isso foi em 1993.

Nos quadrinhos, a saga de sua morte foi originalmente publicada em uma mini-série em 6 edições, que a Editora Abril publicou aqui como uma edição especial em formatinho. A capa era sensacional, com a logo do super sangrando em alto relevo, algo bem raro de se ver naqueles tempos. Mas a história, convenhamos, é bem meia-boca.

Surge um novo inimigo, do nada, chamado Doomsday (Apocalypse, no Brasil) que sai destruindo tudo que vê pela frente. A Liga da Justiça tenta detê-lo e é massacrada, ao que o super intervém, dá tudo de si e acaba morrendo na batalha final. Nada de magia, nada de kryptonita, só lutou até morrer. Na sequência, houve a saga do Retorno do Super-Homem (publicada pela Abril como uma série em 3 edições, de 160 páginas cada), com o surgimento de quatro novos supers: Ciborgue, Aço, Erradicador e Superboy.

É claro, nenhum deles é o verdadeiro, mas é por causa do Erradicador que o herói consegue retornar, já que este roubara-lhe o corpo e o depositara em um casulo capaz de absorver energia solar. Desprovido de memória e tendo moldado o corpo do super para criar um próprio, ele acabaria acreditando ser o verdadeiro.

Mas Clark vai se recuperando pouco a pouco e depois se une aos demais para deter o Ciborgue, que na verdade se revela o vilão por trás da trama toda. Tudo isso foi feito para dar aquela “chacoalhada” nas histórias do herói, que vinham capegando já há alguns anos, e apresentar novos personagens. A estratégia deu certo, pois apesar da trama não ser lá grandes coisas, foi um sucesso de vendas.

É claro que Apocalypse também retorna e, na mini-série em três edições chamada A Revanche, é revelada sua verdadeira origem. Criado em krypton há milhares de anos, através do processo de clonagem, a criatura aprendeu a regenerar seu próprio corpo, evoluindo para enfrentar o que a matara da última vez, num ciclo sem fim. Acabou tornando-se um monstro impossível de ser detido e foi exilado no espaço, indo parar na Terra por acaso, mas atraído até Metrópolis por conta da familiaridade com o Super-Homem. E é claro, os dois se enfrentariam muitas vezes mais em outras ocasiões.

Sendo uma das sagas mais clássicas do herói, é natural que houvesse adaptações para outras mídias. Houve um jogo do Mega Drive, bastante fiel às HQs, em que você inclusive controlava os outros supers, e mais recentemente, animações e filmes.

Animação de 2008

Essa é bem legal, mostrando as empresas Luthor descobrindo Apocalypse ao explorar uma mina subterrânea. Tal como nas HQs, o monstro inicia um rastro de destruição, o super morre e Luthor põe um clone em seu lugar, que acabaria perdendo o controle e se tornando um tirano. O verdadeiro super retorna, é claro, para enfrentar sua contraparte e retomar seu lugar.

Animação de 2018

Essa é chaaaaaaata até dizer chega. Bem entediante, com participação da Liga e muita encheção de linguiça, mas a batalha é uma das mais legais e acho até que é a versão em que o super mais apanha. Aqui, vemos o asteróide que traz Apocalypse chegando na Terra e caindo no fundo do oceano, sendo primeiramente descoberto pelos atlantes, que são os primeiros a morrerem.

Depois, o resto é mais do mesmo: rastro de destruição, porrada, morte. Curiosamente, Apocalypse aqui possui a habilidade de disparar raios pelos olhos, algo que não ocorrera nas HQs, ao menos nas histórias que descrevi aqui. Não sei se foi algo que surgiu depois nos quadrinhos.

De qualquer forma, essa animação foca apenas na saga de sua morte e acaba não trabalhando o retorno.

O filme – Batman vs Superman (2016)

Não dá para deixar de mencionar, é claro, a versão de Apocalypse do filme, muito maior do que a dos quadrinhos e animações, também dispondo da habilidade de disparar raios pelos olhos e evoluindo seu corpo durante a batalha. Aqui, ele é criado por Luthor, que faz uso da nave do Superman e do corpo do General Zod para trazer de volta a abominação criada em Krypton. Quando seu plano de jogar os heróis um contra o outro falha, ele liberta a criatura como um plano b.

Apesar do filme ser bem boring, essa batalha final é bem bacana e a morte do super faz sentido, já que ele tem de fazer uso de uma lança de kryptonita para deter o monstro, tornando-se vulnerável e recebendo um golpe mortal. É claro, todos já sabíamos que ele retornaria no filme da Liga.

Poderia falar que o filme da Liga é ruim? Poderia tirar sarro do Zack Snyder, que viu aquela bomba e pensou “Hummm, sabe o que esse filme precisa? Mais duas horas de enrolação e muita, MUITA câmera lenta. É, isso vai deixar ele bom”. Poderia falar que os decenetes são burros demais por achar a versão dele o máximo, mesmo sendo 4 horas de punhetação? Poderia, mas não vou, porque não é esse o objetivo do post.

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