
Só de ter “cannoli” no nome, você já sabe que o jogo é bom.
Jogo indie lançado em 2015, a premissa não poderia ser mais simples: você é Vinnie Cannoli, um gângster da época da Lei Seca que de repente se vê cercado por zumbis. A resposta? Meter bala, é claro!

Com gráficos cartunescos, jogabilidade excelente e história envolvente, foi um dos jogos mais divertidos do ano, sem sombra de dúvida. É claro que os zumbis não vieram do nada e aos poucos você vai desvendando que diabos está acontecendo na sua cidade, Thugtown. É claro, para isso você vai explodir muitas cabeças de zumbis, ratos monstruosos no esgoto, gângsteres que querem seu coro e muitas outras bizarrices, com um desafio bem razoável.

Sua continuação saiu em 2018, mas se passa quase dez anos após os eventos do jogo anterior (muito embora a aparência do personagem seja exatamente a mesma), em plena Segunda Guerra. Por algum motivo, Vinnie está sendo caçado por um mafioso chamado “Dark Don”. Depois de deixar uma trilha de corpos de bandidos e policiais pelo caminho, ele logo descobre que esse novo inimigo está escondido em Thugtown, que foi posta em quarentena após os eventos de 1928.
Vinnie então retorna a sua cidade natal e, é claro, se vê face a face com os zumbis novamente. Mas a coisa toda não para por aí e ele também se vê obrigado a ir até a Europa meter bala em nazistas, o que é sempre divertido. Com uma variedade de armas ainda maior do que o jogo anterior, a sequência é tão boa quanto, em alguns aspectos.

Não há grande diferença gráfica entre um jogo e outro, as falas durante o gameplay são quase as mesmas, mas há algumas melhorias. Vinnie agora conta com um sistema de mira, permitindo atirar em várias direções, diferente do jogo anterior. Também há uma roda de seleção de armas, o que, em tese, torna a navegação entre elas mais fácil. Em tese porque, na prática, é extremamente difícil usar a roda de seleção na hora que o bicho está pegando, já que, diferente de outros jogos do gênero, o jogo não “desacelera” o tempo para lhe ajudar na seleção.
Além disso, o botão de pulo agora se dá no LT (Xbox) / L2(Playstation), diferente do tradicional botão A(Xbox) / X (Playstation). Sério, eu joguei dezenas de jogos de plataforma desde o Xbox 360 e NUNCA VI um jogo em que o botão de pulo fosse o LT. É contra-intuitivo e muito difícil de se acostumar. O pior, não é possível configurar os comandos.
Outra coisa que pesa contra na sequência é o fato de terem removido granadas e coquetéis molotov. Apesar disso, os chefes de fase são ainda mais desafiadores que os do primeiro jogo e a história continua muito boa.
Apesar dos defeitos do segundo, os dois jogos são divertidíssimos de se jogar solo ou com os amigos. Afinal, quem é que não curte explodir as cabeças e zumbis ou de nazistas?