Bem, em 2012, ao menos um mundo acabou: O Quarto Mundo, coletivo de quadrinistas independentes do qual ajudei a fundar e fiz parte durante 5 anos.


Cara, 5 anos. Parece que foi ontem o FIQ 2007 quando reunimos uma galera de quadrinistas dos mais diversos estados e fizemos algo que foi a sensação do momento. Algo que sozinhos, não teríamos conseguido: pegamos um ESTANDE só pra gente. Hoje isso não parece grande coisa. Mas acredite, foi. E modéstia à parte, nosso estande foi um dos mais movimentados de todo o evento.
Mas a verdade é que o QM começou muito antes disso. As iniciativas se movimentaram quando eu e o André Caliman – na época lançando a Quadrinhópole # 1 – encontramos o Cadu Simões – na época lançando a Garagem Hermética 1 – do lado de fora da Fest Comix 2006. Daí pra frente, todo evento de quadrinhos era um tal de artistas independentes chegando pra vender seu material e a gente juntava forças pra vender tudo junto.
O movimento estava crescendo e de repente pareceu uma boa ideia se conseguíssemos reunir TODOS os quadrinistas independentes do país. Cada um poderia ajudar como pudesse, trocaríamos edições ou teríamos pessoas responsáveis em cada cidade pra fazer uma distribuição. Poderíamos ter alguém responsável só pela divulgação das nossas revistas. E claro, continuaríamos nos ajudando mutuamente nos eventos. Não parecia uma boa ideia?
Pois é, mas o fato é que a realidade nunca é como a gente espera na teoria. E mesmo assim, o grupo durou bastante. Participou de uma infinidade de eventos, ganhou prêmios e ajudou a projetar artistas que hoje são reconhecidos nacionalmente. No fim, o saldo com certeza foi positivo.
Mas o foda é que o trabalho sempre acaba ficando nas mãos de poucos e chega uma hora que os “poucos” fiquem de saco cheio. E tenham também seus projetos pessoais para cuidar. Nada mais natural. Na matéria feita pelo Paulo Ramos no blog dos quadrinhos, a situação toda fica bem evidente.
Mas o clima não é de tristeza e sim de alegria. Alegria por tudo que o Quarto Mundo construiu, todas as amizades que fora forjadas e às parcerias que continuarão, independente da existência de um coletivo. Poderia ter sido mais? Poderia. Mas fomos até onde deu. E tudo isso foi motivo para comemorar. Por isso,  deixo vocês com algumas fotos da festa, cortesia do Impulso HQ!

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