Sabe aqueles filmes em que o protagonista fica preso num loop temporal? Então, esse jogo é exatamente isso, só que com algo mais.

Como o próprio título diz, vocês está preso em loop de 12 minutos (reais). Contando com as vozes de James McAvoy, Daisy Ridley e Willem Dafoe, a história começa quando um trabalhador comum chega em seu apartamento e sua esposa está lhe esperando com uma sobremesa e novidades. A comemoração é subitamente interrompida com a chegada de um policial que acusa a mulher de ter matado o pai oito anos atrás.

Enquanto você ainda está processando o que diabos está acontecendo, o policial insiste que a mulher lhe entregue um relógio. Ela diz não saber do que se trata e o policial começa a lhe torturar para que ela entregue o tal relógio, mas você morre antes de ver o desfecho da história.

Imediatamente você volta ao ponto em que entrou no apartamento. E a partir daí você tem que usar sua habilidade de conhecer o futuro para tentar entender o que está acontecendo e, de alguma forma, tentar quebrar o loop, ou seja, além de ter de lidar com esse pesadelo da ficção científica, você meio que assume um papel de detetive, de maneira que a história passa a ser também uma trama policial.

O estilo do jogo é o tradicional “point and click”, do qual não sou muito fã, mas nesse caso, vale pela história. Explorando o apartamento e conversando com os personagens, pouco a pouco você vai descobrindo pistas que te levam a descobrir onde está o tal relógio, ainda que isso não faça grande diferença em um primeiro momento.

Você tem de descobrir mais algumas pistas, que o levarão a revelar a verdade sobre o que aconteceu 8 anos atrás. Aí é que as coisas começam a ficar realmente interessantes. Nesse sentido, eu diria que o jogo é dividido em duas partes: a primeira parte, exploração, na qual você investiga os cômodos do apartamento, vai na tentativa e erro tentando mudar as coisas, até desvendar a história. E embora a verdade seja avassaladora, isso ainda não é o suficiente para quebrar o loop.

Você entra então na segunda parte, que é, ao mesmo tempo, mais “chata”, mas também mais interessante. Chata, porque você tem que repetir algumas coisas que já fez antes, de novo e de novo, embora dê pra acelerar os diálogos. Mas é mais interessante porque agora você sabe o que está acontecendo e assume o controle da situação. Você sabe que se tomar ação X, vai ter resultado Y e pode usar isso a ser favor, explorando os diferentes finais que o jogo lhe proporciona.

Lançado em agosto de 2021, 12 Minutes é daquelas experiências diferentes que a indústria dos games vira e mexe lhe proporciona. Você vai ficar imerso nas quatro paredes do apartamento e vai querer voltar lá, tentar fazer as coisas de um jeito diferente, mudar isso ou aquilo, pois a história te prende. E quando vê, se passaram bem mais do que 12 minutos.

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