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No começo do mês fiz um post-resumo do Destiny 1. Indo na onda do hype do lançamento do segundo game da franquia, previsto para Setembro, vamos ver o que sabemos até o momento. Várias novidades com relação ao jogo anterior!

Algumas pessoas que viram o gameplay, revelado pela Bungie via twitch no último dia 18, criticaram dizendo se tratar do mesmo jogo. Vão me desculpar, mas eu discordo totalmente dessas pessoas. Vamos analisar caso a caso.

  1. História
    Se você leu meu post anterior ou se já jogou o primeiro jogo, sabe que os Cabais são uma das raças inimigas dos Guardiões. No momento do fim de Destiny 1 eles devem estar bem irritados conosco, pois fizemos vários ataques contra eles em Marte e impedimos o avanço deles no Encouraçado quando Oryx chegou em nosso sistema.
    Agora, chegou a hora da retaliação: eles empreendem um ataque em massa contra a Cidade, aparentemente minando as forças do Viajante. O Porta-Voz desaparece e não fica claro se ele morreu, foi sequestrado ou (com eu acho que aconteceu), ele saiu da Cidade antes porque sabia do ataque.
    Os Cabais nos expulsam da Torre e somos obrigados a montar acampamento na Zona Morta Europeia, a maior área construída pelos arquitetos da Bungie até então. Além desta área, já sabemos que haverão 3 novos destinos a serem visitados: Titã, a lua de Saturno; IO, lua de Júpiter; e Nexus, o último lugar tocado pelo Viajante na Era Dourada e que hoje está sob domínio dos Vex.
    Pelo pouco que pudemos ver no Gameplay, teremos missões a serem feitas em cada um desses lugares para recuperar nossos poderes e nos prepararmos para o confronto final com Primus Ghaul, líder dos Cabais.
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    Particularmente, estou mais curioso a respeito da história das expansões. Já temos duas confirmadas e, pelos símbolos, girarão em torno de Osíris e de Rasputin. Osíris era um arcano que desaparecera misteriosamente após um desentendimento com o Porta-Voz. Ele teria estudado os poderes da Treva e chegado à conclusão de que o Porta-Voz seria um charlatão e que estaria mentindo para os Guardiões.
    Faz sentido, portanto, esperarmos que na primeira expansão nós nos encontremos com ele para descobrir a verdade sobre o Viajante e aí então descobriremos o que houve com o Porta-Voz durante o ataque à Torre. Talvez, um confronto definitivo entre os dois? Talvez tenhamos que escolher entre Luz e Treva? Seria bacana.
    E Rasputin é a última mente bélica existente, sempre rodeada de mistério. Nós já impedimos ataques inimigos contra ele, vindos dos Decaídos, Colméia e Possuídos. Talvez agora finalmente descubramos o que aconteceu com ele durante o Colapso e restabeleceremos contato entre ele e a Cidade. Vamos ver, as possibilidades são empolgantes!
  2. Jogabilidade
    Pelo gameplay, o jogo parece muito mais fluído, com cenários maiores e gráficos melhorados. Ao menos foi essa a impressão passada pela maioria dos youtubers que analisaram as imagens e por aqueles que tiveram a oportunidade de jogar durante o evento.
    Uma novidade é que não haverá grimório, como no Destiny 1. Por um lado, achei uma decisão acertada, já que é muito melhor que a história seja contada “in-game”, mas por outro, sempre achei o Grimório um diferencial de Destiny e passei muito tempo perseguindo suas cartas e pontos. Se não vai haver grimório, com certeza haverão outros tipos de colecionáveis no jogo.
    Algo que está animando os jogadores é a possibilidade de controlarmos novos veículos em Destiny 2. No primeiro jogo, além dos pardais, tínhamos as lanças dos Decaídos ou os Interceptadores dos Cabais, mas eram veículos casuais que apareciam em missões específicas ou, muito raramente, na patrulha.
    Agora vimos de relance tanques de guerra fortemente armados. Não se sabe ainda se poderemos controla-los, mas com certeza será muito divertido se pudermos.
  3. Habilidades
    As três classes de Guardiões têm novas classes. A melhor, na minha opinião, pareceu ser a do Arcano, “Downblade” (Lâmina da Alvorada), nova classe solar na qual ele pode voar e lançar projéteis flamejantes com uma espada. O Dançarino Lancerante deu lugar ao “Arcstrider” (algo como “Passolargo de Arco” – não faço ideia de como vão traduzir isso aqui), onde basicamente mudou-se a faca por um bastão. E ao invés do Defensor, o Titã terá a classe de “Sentinela”, basicamente se transformando num Capitão América de vácuo. Não curti.
    Também temos a confirmação de que Andarilho do Vácuo, Pistoleiro e Combatente estão de volta, com mudanças significativas. Ainda não se sabe se teremos o Condutor da Tempestade, Predador Noturno e Demolidor Solar, mas provavelmente sim. Também especula-se que poderíamos ter habilidades relacionadas com a Treva. Não se sabe nada sobre isso, mas se houver, acredito que viria apenas na primeira expansão.
    Também teremos uma nova habilidade, além do corpo-a-corpo e da granada, que será uma espécie de “mini-super”. O Titã, por exemplo, poderá criar uma barricada temporária. O Caçador ganhou uma habilidade de esquiva e o Arcano tem uma aura que pode recuperar viva continuamente ou aumentar o dano do ataque. Parece interessante.
    As árvores de habilidades também sofreram uma mudança significativa e ficaram mais dinâmicas, mas falarei mais sobre isso no tópico a seguir.
  4. Armas e Armaduras
    O sistema de armas mudou radicalmente. Onde antes tínhamos armas primárias, secundárias e pesadas, agora temos armas cinéticas, armas elementais e novos tipos de armas pesadas (apesar do terceiro slot ter mudado de “heavy weapons” para “power weapons”, acredito que a versão em português irá manter a tradução ao invés de traduzir ao pé-da-letra, “armas poderosas”, ou criar algum novo nome).
    Os primeiros dois slots, portanto, contarão com canhões de mão, pistolas, fuzis automáticos, fuzis de batedor, fuzis de pulso e uma novidade, as SMGs. Já no terceiro, teremos rifles de precisão, fuzis de fusão, escopetas, metralhadoras, lança-foguetes e espadas. Esta mecânica muda radicalmente o modo como jogamos o jogo, especialmente no PvP. Ainda não tenho uma opinião formada para dizer se essa mudança é para melhor ou pior. Só jogando mesmo para ver.
    No gameplay tivemos 4 armas exóticas confirmadas, os youtubers especulam sobre outras que apareceram nos trailers e cinematics e que também podem ser exóticas, totalizando a princípio, 9 armas dessa raridade, mas com certeza haverão muito mais a serem descobertas ou ganhas durante as jornadas.
    A principal mudança nas armaduras é que deixam de existir Intelecto, Disciplina e Força relacionadas a cada peça de armadura. Em Destiny 1, esses atributos influenciavam diretamente em quão rápido você recarregava seu Super, Granada ou Corpo-a-Corpo. Agora, não. Aparentemente, as habilidades levarão o mesmo tempo de recarga para todos os Guardiões.
    Ao invés disso, as peças de armadura serão relacionadas com Defesa, Agilidade e Recuperação, atributos que antes eram modificados na árvore de habilidades. Essa é uma mudança que eu gostei bastante e que faz muito mais sentido, ao meu ver.
  5. PvE
    Aparentemente, teremos centenas de atividades para fazer em Destiny 2. Além das missões de história (claro) e dos já conhecidos assaltos, a patrulha enriqueceu consideravelmente. Teremos “Adventures”, que serão espécies de missões secundárias nas quais ganharemos recompensas; e os eventos públicos da patrulha ganharão uma versão “heroica” que trará recompensas melhores do que a versão normal, obviamente. Como isso vai funcionar ainda não está claro.
    Além disso, terão “Hidden Sectors”, lugares escondidos no mapa que você descobrirá fazendo as missões secundárias. Estes lugares são espécies de “dungeons” onde um boss aguarda para ser derrotado e liberar tesouros. Parece ser divertido. E é claro, teremos a nova raid, da qual nenhuma informação foi liberada até o momento, mas que provavelmente deve ser passar na Zona Morta Europeia e talvez culmine na Torre.
    Uma grande novidade são os Clãs e os “Guided Games” (Jogos Guiados). Os Clãs em Destiny 1 não tinham lá muita serventia. Agora, contudo, cada membro do clã contribui, não importa se jogue todo dia ou apenas no final de semana. Ao final de cada semana haverá recompensas para o clã de acordo com a produtividade de seus jogadores.
    Uma reclamação constante dos jogadores no primeiro jogo é que não havia meios de organizar partidas “in-game” para atividades nas quais você precisava ter um esquadrão formado. Isso mudou um pouco quando a Bungie criou o “fórum de recrutamento” em seu site para ajudar jogadores a se encontrarem, mas ainda estava longe do ideal.
    Agora, contudo, com a opção de Jogos Guiados, você poderá encontrar jogadores que querem fazer a mesma atividade que você no próprio jogo, como deveria ter sido desde o começo. Suponha que você está num clã, mas há apenas 4 jogadores online no momento e você quer fazer uma raid, que precisa de 6. Você pode convidar jogadores no próprio jogo para juntarem-se a você, sem precisar ir para o site da Bungie, ou ir até a área social e ficar inundando jogadores de convites até esperar que uma boa alma responda.
    Isso, com certeza, foi uma melhora significativa.
  6. PvP
    O Crisol agora trará partidas 4v4 e não mais 6v6 ou 3v3. Se isso é uma melhora ou não, só depois que efetivamente colocarmos as mãos no jogo é que iremos descobrir. O gameplay revelou um novo modo de jogo que parece ser bem divertido, “Countdown” (Contagem Regressiva), onde cada equipe deve armar uma bomba e impedir que a outra equipe desarme. Ganha a equipe que conseguir explodir a bomba, ou que desarme a bomba inimiga. Não basta, portanto, matar todos os jogadores inimigos.
    A novidade também fica por conta do novo sistema de armas. Você começa com munição da arma cinética e elemental, mas munição de pesada só aparece a cada 15 segundos. Como agora os rifles de precisão, escopetas e lança-foguetes estão no mesmo slot, os jogadores terão algumas escolhas difíceis a serem feitas.
    Os Desafios de Osíris darão lugar ao “Desafio dos Nove”. Não se sabe ainda como isso funcionará, se continuará sendo 3v3 ou migrará para o novo modo 4v4, se o objetivo ainda será vencer 5 partidas ou se haverá um equivalente ao “Farol” de Destiny 1. Eu sempre fui péssimo nesse modo de jogo então, para mim, não faz muita diferença, mas estou curioso.
  7. Servidores
    Um dos maiores questionamentos feitos pelos jogadores é se Destiny 2 terá ou não servidores dedicados. A resposta veio essa semana no site oficial da Bungie, dizendo que não. Bem, mais ou menos. Eles investiram pesado em infraestrutura e as atividades rodarão nos servidores deles, mas num modelo híbrido com “peer-to-peer”.
    Não precisamos entrar na parte técnica para entender como funciona, mas o importante é que, aparentemente, haverá uma melhora. Eles não prometem que o “leg” (como eu disse no post anterior, uma das coisas mais irritantes do jogo) irá desaparecer, mas deverá haver uma redução significativa.
    Só acredito vendo.
  8. Beta
    Finalmente, especula-se que o lançamento da versão Beta do jogo será 17/07, provavelmente para os jogadores que fizeram a pré-compra. Posteriormente deve haver o lançamento de uma Beta free e então poderemos pôr nossas mãos no jogo e testar todas essas novidades.

Com tudo isso, dizer que o jogo é o mesmo me parece uma tremenda estupidez. Vamos ser sinceros, há muito mais novidades entre Destiny 1 e 2 do que você encontra nas diferentes versões de um Call of Duty ou Batlefield da vida. E seguramente novos detalhes serão revelados durante a E3. Aguardemos!

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