How-I-Met-Your-Mother-WikiCerto, vamos falar de How I Met. Não, não vou ficar esculhambando o final (apenas). Mas vamos falar do porquê a série foi genial, em muitos aspectos.

Não sou fanático por séries de comédia. Acompanho The Big Bang Theory (que já foi muito melhor) e Two and a Half Men (que já deveria ter acabado antes mesmo do Charlie sair de cena). Mas How I Met Your Mother me chama atenção como roteirista, porque de muitas formas, a série inova a se reinventa a cada episódio. Se você ainda não conhece, a série trata, como o próprio nome diz, de um pai (Ted Mosby) que no ano de 2030 começa a narrar a seus filhos a história de como ele conheceu a mãe deles.

Esse recurso narrativo é muito interessante em uma série de comédia, mas sobretudo numa série em que a cronologia importa. É claro, se você pegar um episódio ao acaso vai entender numa boa, mas o legal é justamente pegar do começo e ir acompanhando a história e a evolução das personagens. E nesse sentido, por conta de termos um narrador, dispensa-se o uso do “Previously” para recapitular ao espectador o que aconteceu nos episódios interiores. Ainda, essa recapitulação pode se dar a qualquer momento do episódio e não apenas no começo. Por exemplo, se ele está contando sobre a história da “aposta do tapa” feita entre Barney e Marshall, ele simplesmente interrompe a narrativa e fala “Crianças, vocês se lembrar da aposta do tapa. Até agora Marshall usou três dos cinco tapas a que tem direito de dar em Barney…”. E é claro, quando ele fala “crianças”, está falando não apenas com seus filhos, mas com o próprio espectador.

Mas isso é o de menos, claro. O bacana é que a grande maioria dos episódios explora recursos narrativos não-lineares, o que é raríssimo de ver em uma série de comédia. Claro, como eu disse no começo, não sou expert, mas acho algumas dessas sacadas geniais. Vamos dar uma breve recapitulada em cada temporada para entender o que eu estou querendo dizer?

Temporada 1

A série já lhe ganha no piloto, que é engraçadíssimo e de cara já lhe apresenta as personagens carismáticas. Conhecemos o jovem Ted, um sonhador romântico que está em busca da sua mulher ideal. Seu melhor amigo, Marshal, acaba de ficar noivo de Lilly, o “casal perfeito”. E há também Barney Stinson, o fanfarrão da turma, mulherengo e festeiro incorrigível, com sua ampla gama de cantadas e truques para levar as mulheres para a cama. E por fim, temos Robin, que Ted conhece neste episódio e se apaixona.

Apesar de rejeitado num primeiro momento, toda a primeira temporada gira em torno do clima que fica entre eles. Mas também já temos alguns indicativos do interesse de Barney na mesma. Temos alguns episódios memoráveis, como a batalha de espadas entre Ted e Marshall e a primeira aparição do “Rato-Barata”. O episódio 01-10 apresenta uma destas questões narrativas de que eu falei no meu “preâmbulo”.

Trata-se de “The Pinable Incident”. Ted bebe além da conta e acorda ao lado de uma garota e de um abacaxi. Contudo, não se lembra de nada do que aconteceu. Marshal e  Lilly lhe contam parte da história, mas não ela toda. Depois Barney lhe conta ainda mais e assim por diante, sempre com um personagem extra acrescentando partes da história até formar o quadro completo. Ou quase, porque o mistério do abacaxi permanece não solucionado até hoje. E a tal da garota com quem Ted dormiu acaba tendo importância em outro episódio na segunda temporada, na qual Ted aparentemente ganha “o cinturão”.

Também é nessa temporada que Ted conhece Victoria, uma forte candidata a se tornar a mãe das crianças e uma das Top 3 que ele namora em toda a série. Mas ela acaba tendo que partir para a Alemanha e eles terminam. Volta a rolar um clima entre Ted e Robin e no episódio final da temporada, ele finalmente consegue conquistá-la, ao passo que Marshall e Lilly terminam porque ela decide ir para São Francisco.

Temporada 2

Ted e Robin namoram durante toda a temporada, que explora aspectos que sempre acontecem num começo de relacionamento. E o legal da série é isso também, sempre trabalham temas que todo mundo já vivenciou vez ou outra. A primeira briga, o primeiro “eu te amo”, a bagagem que as pessoas trazem consigo, os segredos e surpresas (boas ou ruins) que cada um carrega e tudo o mais. E claro que isso não gira apenas ao redor de Ted. Marshall e Lilly estão lá para também explorar o outro aspecto das relações, mostrando que mesmo o “casal perfeito” tem seus problemas.

E Barney também tem o seu arco. Apesar de ser o personagem mais divertido da série, vemos que aos poucos ele vai mudando. Por exemplo, no episódio em que conhecemos seu irmão gay ele começa a mudar de ideia a respeito do casamento. E pouco a pouco o Barney mulherendo e anti-relacionamentos que conhecemos vai se deixando levar e aceitando um pouco mais a ideia de compromisso.

Mas estamos nos adiantando. Alguns episódios merecem destaque nesta temporada. Episódio 02-03, por exemplo, “Brunch”, começa com um almoço de família em que uma forte briga é eminente. Nosso narrador afirma que há três histórias acontecendo ali ao mesmo tempo e então volta para contar cada uma delas separadamente, até tudo culminar na briga final.

O episódio seguinte, “Ted Mosby, Architet”, é muito bom ao fazer uma troca de personagens que só percebemos no final. E o 02-15, “Lucky Penny” mostra Ted e Robin na iminência de perder um vôo e vão fazendo um flashback de várias histórias para descobrir quem é o culpado. Há uma referência a um certo penny que Ted encontra alguns episódios antes e que acabou desencadeando uma série de eventos. Também temos a despedida do carro de Marshall, no qual ficamos conhecendo várias histórias em flashback.

É claro, Marshall e Lilly logo acabam voltando. É nessa temporada em que acontece a “aposta do tapa”, na qual Marshall acaba ganhando o direito de estapear Barney na cara 5 vezes, a qualquer momento. A temporada termina com o casamento de Marshal e Lilly e com o rompimento de Ted e Robin.

Temporada 3

Depois de terminar com Robin, Ted retoma sua busca pela mulher ideal e incia-se então sua saga na vida de solteiro. É então que surge a chance dele ganhar “o cinturão”, ou seja, fazer um menage com duas mulheres.

Episódio clássico é o 02-05, “How I Met Everyone Else”, na qual todos contam como se conheceram. A história de Marshal e Lilly acapa reaparecendo várias vezes ao longo da série e quando vemos a história de como Ted e Barney se conheceram e isso remete ao piloto da série, fica claro de uma vez por todas que a cronologia como um todo está muito bem amarrada.

E03-08, “Spoiler Alert”, explora os terríveis hábitos que todos temos e que, num relacionamento, acabamos tendo que aprender a lidar com eles. O episódio seguinte, “Slapsgiving” inicia uma tradição na qual Marshall une o Dia de Ação de Graças com os tapas que restam dar em Barney.

Nesta temporada ficamos sabendo como Barney perdeu sua virgindade, temos o fantástico “St Patrick´s Day” onde Ted acaba pegando o guarda-chuva amarelo daquela que virá a ser a mãe das crianças, conhece Stella, sua nova namorada e Barney dorme com Robin, ficando chateado consigo mesmo por ter quebrado uma das regras de seu precioso “Bro Code” (que por sinal, tem para vender nas livrarias e é muito divertido).

Por conta disso, Ted e Barney acabam rompendo a amizade, o que dura apenas até o final da temporada, quando fica claro que Barney acabou se apaixonando por Robin. No season finale, Ted pede Stella em casamento.

Temporada 4

Stella aceita o pedido de casamento de Ted, apenas para abandoná-lo no altar no episódio 04-05. Mas há vários episódios legais nessa temporada, a começar pelo segundo, “The Best Burger in NY”, na qual a turma percorre a cidade tentando ajudar Marshal a encontrar o lugar onde comeu o melhor hambúrguer de sua vida. No episódio 04-7, “Not a Father´s Day”, ficamos conhecendo o “Cheerleader Effect” e dois episódios depois somos apresentados ao memorável “Naked Man”, que volta a aparecer em outros episódios.

E04-10 mostra Ted e Marshall envolvendo-se numa briga e no episódio seguinte ocorre a única “falha” de roteiro que encontrei na série. Trata-se de Marshall e Robin saindo juntos nos bares. É bobeira, mas algumas temporadas depois eles saem para jantar novamente e afirmam que “nunca caíram juntos”, esquecendo por completo desse episódio. Nada de relevante, é claro. Também merecem menção os episódios 04-19, no qual eles citam a lista “Murtaugh” e “Three Days Rule”, onde se discute a importância de esperar três dias para ligar para uma mulher que você acaba de conseguir o telefone.

É nesta temporada que ficamos sabendo da tradição do grupo de fazer uma “Intervenção” sempre que alguém passa dos limites. Claro que “passar dos limites” é algo totalmente arbitrário e a intervenção acaba servindo mais como desculpa para uns se meterem na vida dos outros, o que ocorre com frequência. Aliás, se analisarmos bem, Ted tem os piores amigos do mundo. Apesar de eles viverem juntos, vivem mentindo uns para os outros. Lilly detona seus relacionamentos, Barney e Marshall vivem mentindo para “protegê-lo” e Ted, coitado, sempre faz de tudo por eles.

Enfim, é aqui que Ted e Robin acabam se tornando colegas de quarto e por um breve período de tempo, acabam descobrindo as vantagens de “amigos com benefícios”. A paixão de Barney por Robin só aumenta e é claro que ele não gosta disso nem um pouco, mas nada pode fazer. Ted reencontra Stella num episódio no qual ele parece dar importância extrema ao narrar que, se ele não tivesse feito uma série de coisas que o levaram a estar naquela exata esquina naquele exato instante, ele não teria conhecido a mãe das crianças.

 Temporada 5

Barney e Robin começam a se encontrar às escondidas, até que Lilly, mais uma vez interferindo na vida de seus amigos, exigem que eles assumam um compromisso. Eles namoram até o episódio 7, quando Barney fica enormemente gordo e Robin incrivelmente feia. Episódio hilário, mas que culmina com o fim do namoro dos dois.

Aqui ficamos conhecendo a mitologia por trás dos “doppelgangers” de cada um, o famoso “Playbook” (livro de cantadas de Barney) e temos o retorno do “Slapsgiving”. Muito bom o episódio 05-10, “The Window”, na qual Ted tenta a todo custo conquistar uma mulher que para ele sempre foi perfeita, mas que nunca ficou mais do que um dia sem namorar. Agora a janela está aberta e ele tem que correr se quiser chegar na frente dos outros pretendentes, inclusive, é claro, Barney.

Também é desta temporada um de meus episódios favoritos, 05-14, “Perfect Week”. Nela vemos a saga de Barney, fazendo uma analogia esportiva, na qual ele tenta conquistar sete garotas em sete dias, sem repetições e zero rejeições. Episódio divertidíssimo.

O episódio 05-16 explora um tema interessante, “Hooked”, ou seja, nos mostra que todos tempos alguém que deixamos “no gancho”, mas também estamos “no gancho” de alguém. É um ciclo vicioso que nunca termina.

Por conta de sua carreira como professor, Ted tem um rápido namoro com uma estudante que mais tarde se revela como sendo a colega de quarto da “mãe”. Mas a coisa não vai pra frente e ele compra a casa na qual irá morar um dia com a família que irá construir, compete com Barney para ter Robin de volta, sem sucesso, e é lançado o filme “A Noiva do Casamento”, do atual marido de Stella, que tira sarro de Ted. Até o final da temporada conhecemos quase todos os doppelgangers, exceto o de Barney, e Lilly e Marshall decidem ter um filho.

Temporada 6

Ted se torna o arquiteto responsável por desenhar a nova sede do GNB, onde trabalha Barney, o que o leva inadvertidamente a conhecer Zoey, uma irritante protestante que mais tarde se tornará sua nova namorada.

Ficamos conhecendo o pai do irmão de Barney, no episódio 02 e o dele próprio no episódio 19. O episódio 06-04 mostra uma divertida corrida entre a turma, com flashbacks mostrando porquê cada um merece ganhar. Episódio 06-10 nos mostra a história do “blitz”, aquele cara que sempre acaba ficando de fora dos acontecimentos mais incríveis. Finalmente surge o doppelganger do Barney e temos a morte do pai do Marshal no fim do episódio 06-13.

Nesta temporada Barney conhece uma amiga de Robin, Nora, por quem se apaixona, mas a disputa de Ted e Zoey pelo GNB acaba decretando o fim do relacionamento deles.

Temporada 7

A primeira cena desta temporada já nos dá um vislumbre de um certo casamento, que Ted revela ser o local onde conheceu a mãe das crianças. Ao longo  desta temporada vamos tendo estes “flashfowards” e logo fica claro que trata-se do casamento de Robin e Barney. Mas até chegar lá, ainda tem muita história.

A começar pela gravata de patinho, na qual Barney perde outra aposta para Marshal e é obrigado a usá-la. Isso acontece no episódio 07-03, que é sensacional. Barney começa a namorar Nora enquanto Robin começa a namorar seu terapeuta, Kevin, o que leva a algumas complicações mais à frente.

No episódio 07-8 Ted finalmente encontra uma personagem mencionada ainda na primeira temporada, a “Abóbora Safadinha”, mas o encontro acaba tendo proporções desastrosas. No episódio seguinte Ted conta a Kevin o porquê do aviso de “Sem Boogie-Boarding” na entrada do bar, o que leva a uma história interessante, enquanto Barney tenta convencer Marshall a retirar a gravata de patinho, o que leva a uma renegociação da “aposta do tapa”.

O episódio 07-12 é um dos poucos que são contados pela perspectiva de outra personagem que não Ted. No caso é Robin quem está contando uma história a seus filhos imaginários, quando descobrimos que ela não pode ter filhos. Outros episódios legais são o 07-16, “The Drun Train” e o 07-21, “Now We´re Even”, mencionado em outros episódios, antes e depois.

Barney e Robin acabam por trair seus respectivos namorados, o que leva Barney a terminar com Nora. Eles combinam de Robin fazer o mesmo e terminar com Kevin, mas ela não consegue fazê-lo, magoando Barney terrivelmente. Ela acabaria terminando com Kevin mais à frente, fazendo com que Ted pedisse ela em namoro uma vez mais, mas ela declina.

Barney começa a namorar uma striper, Quinn, o que leva a outro episódio bacana, o 07-19, “The Broath”. Terminamos a temporada com o nascimento do filho de Marshal e Lilly e com Ted reencontrando Victoria.

Temporada 8

No começo da temporada estão todos felizes. Tem com Robin, Barney com Quinn, Robin com um novo namorado e Marshal e Lilly com o pequeno Marvin. Mas um a um, os relacionamentos vão terminando, a começar com Barney quando este decide fazer um acordo pré-nupcial com Quinn com exigências ridículas.

Em seguida é Robin quem termina quando percebe a falta de conteúdo de seu namorado gostosão e Barney lhe ajuda, sem que ela perceba, embora desconfie, que ele ainda tem sentimentos por ela. Os próximos episódios mostram algumas das maquinações de Barney, na qual ele lhe dá um beijo fingindo estar bêbado, fala de uma vez por todas que quer cortar relações com ela e começa a namorar a pior inimiga de Robin, a irritante Patrice.

Até que tudo culmina num romântico pedido de casamento que Barney faz para Robin e ela aceita. Ted, que já havia terminado com Victoria depois desta perceber que ele ainda tem sentimentos por Robin, acaba não gostando muito, mas tenta ficar feliz pelo casal de amigos.

Paralelamente vemos o primeiro grande julgamento de Marshal como advogado ambiental, nos episódios 08-07 e 08-08. No episódio 08-13 vemos mais uma peça se encaixando no grande quebra-cabeças que Ted criou para contar como conheceu a mãe de seus filhos, quando ele conta a história de como eles decidiram contratar uma banda ao invés de um DJ para o casamento de Robin e Barney.

E hilário é o episódio 08-15 quando ficamos sabendo de mais uma faceta na carreira de “Robin Sparkles”, em estilo documentário, brincando com o “nascimento do grunge”. O episódio 08-18 faz uma homenagem ao clássico “Um Morto Muito Louco” quando Barney decide usar uma cópia de seu Playbook para ajudar Ted a conquistar garotas, valendo-se das técnicas que o mesmo desenvolveu ao longo de sua “gloriosa” carreira de “pegador de mulheres”.

Neste ponto Ted está namorando com uma mulher insana chamada Jeanete, que terminará por mandar tudo pelos ares, literalmente. É quando Ted decide que é hora de sossegar na solteirice. O episódio 08-19 também vale ser mencionado, no qual Barney tenta passar seu apartamento, “The Fortress of Barnitude”, para Ted. O seguinte, “Time Travelers” também é muito bom, quando vemos um inusitado encontro de versões futuras de Barney e Ted.

A despedida de solteiro de Barney, no episódio 08-22, também é memorável e a temporada termina com os preparativos para o casamento de Barney e Robin. Na última cena, finalmente vemos o rosto de Tracy, a mãe dos filhos de Ted.

Temporada 9

E enfim, a temporada final, que trata do casamento de Robin e Barney. Como praticamente toda a temporada se passa no Farhampton Inn, no final de semana do casamento, os primeiros episódios acabam sendo meio chatos. Particularmente não gostei da trajetória de Marshall nestes episódios iniciais, no qual ele está em viagem pela estrada para encontrar o resto da turma e tem uma companhia não muito amigável.

O legal é que antes de Tracy conhecer Ted no último episódio, ela conhece todos os seus amigos antes e vamos acompanhando a história sobre como isso aconteceu. Fora isso, acho os episódios iniciais desta temporada meio enfadonhos, mas a coisa começa a engrenar no episódio 09-12, “The Rehearsal Dinner”, no qual Barney faz uma surpresa final para Robin antes do casamento.

Temos também a terceira parte do Slapsgiving, na qual Marshall aterroriza Barney contando-lhe uma história sobre como ele treinou exaustivamente para lhe dar o maior tapa de sua vida. O episódio 09-16, “How Your Mother Met Me” também é sensacional, mostrando acontecimentos anteriores sob a perspectiva de Tracy.

Na medida em que vamos nos aproximando do casamento os episódios vão ficando ainda melhores, com Barney passando seu legado adiante para dois desconhecidos, uma nova homenagem ao “Morto Muito Louco” e acompanhamos o derradeiro destino das personagens mais relevantes.

E finalmente, o episódio final, que é duplo, por sinal. Vemos o casamento de Barney e Robin e acompanhamos finalmente como foi que Ted conheceu Tracy. Em seguida vamos vendo saltos no tempo e descobrimos o que aconteceu com toda a turma. Barney e Robin se separam, Marshal e Lilly têm mais dois filhos e Barney acaba conseguindo completar um “Perfect Mounth”, mas acaba deixando “Número 31” grávida.

Barney tem uma filha, Robin foca na sua carreira e Ted vive feliz com Tracy e seus dois filhos, até o dia em que ela morre. Chegamos então no ano de 2030, o tempo presente da série, e os filhos percebem que ele contou essa história toda apenas para justificar que ainda tem interesse em Robin. E termina com ele indo encontrá-la.

Um ponto interessante a se observar, por sinal: na primeiras temporadas os filhos interagem bem mais na narrativa, o que não acontece depois, apenas agora no final. Não que isso faça alguma diferença.

Pois bem. Minha opinião final: acho a série fantástica, mas eu não gostei do final. Achei meio estúpido a maneira como Barney e Robin se divorciaram, achei um desperdício ter todo um arco de Barney mudando sua personalidade apenas para voltar a ser mulherengo no final e mais ainda, Ted contando tudo nos mínimos detalhes apenas para não terminar com Tracy no final.

Ouvi muito o argumento de que “a vida é assim mesmo” para justificar esse final, e nisso eu tenho que concordar, a vida é assim mesmo. Só que numa série de comédia, eu não quero ver coisas iguais à da vida real, eu quero me divertir e me surpreender. Sim, todos os indicativos de que ele vai ficar com Robin no final estão lá, mas eu realmente acreditei que o final iria me surpreender, que realmente tinha um motivo “maior” para ele contar essa história toda, aquele papo de destino, escolhas e consequências, coincidências inesperadas e tudo o mais que a série nos leva a acreditar e acaba sendo em vão.

Não, não acredito em nada dessas coisas, mas é justamente esse o ponto… quando assisto uma série de comédia eu quero me desligar do que realmente acredito, me deixo levar pelo que a história está propondo e quero me divertir. Por isso achei o final decepcionante, mas nem por isso a série deixa de ser boa.

É como dizem, mais importante é a jornada do que o destino em si. E essa é uma jornada que vale muito a pena!

3 comentários em “How I Met your Mother

  1. Assim, eu acho que olhando de outro ângulo a série toda você ver Ted e os filhos sem Tracy ..Acho que isso ja foi uma dica de que eles não ficar juntos…e também tem o lance do único amor da vida..siga meu raciocínio..Tracy conheceu Max..Ted conheceu Robin..Ambos namoraram e ambos terminaram (sendo que robin e max eram taxados como o único amor da vida deles) eles sempre se questionavam, nunca vou amar ninguém como ele ou ela..Então..Foi um desencontro..várias vezes ouço” a gebte se encontra mais tarde” e foi o que aconteceu.. Tracy foi incrível grande parte da vida do Ted..confesso que chorei demais ❤ enfim..achei o final previsível..Mas acho que Ted conseguiu o troféu no final que desde a primeira temporada ele corria atrás

  2. Resolvi assistir essa série este ano porque vi um episódio aleatório e achei bom. Sinceramente, era óbvio que o amor da vida do Ted era a Robin. O primeiro episódio trata exatamente de como Ted a conheceu. E foi como se espera que seja o encontro de um grande amor. Robin está linda, se encanta pelo Ted, rola uma grande química e o beijo só não acontece porque o Ted não observou o “sinal”. O encontro com Tracy foi uma água com açúcar. Esperava uma mulher tão bonita quanto a Robin, mas em vez disso colocaram uma atriz sem carisma. A atriz que fez a Victoria era muito mais linda e carismática. Até pensava que ela seria a mãe… A série foi contra a idealização de que tudo é perfeito no amor. Que um dia você encontra a pessoa que é sua cara metade e que tudo teria valido a pena. Tracy era a versão feminina do Ted, mas não era seu grande amor…. Coisas da vida.

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