jbbr_007legends_capaDemorei pra fazer resenha desse jogo porque demorei pra jogar a última missão, Skyfall. Meu, que jogo ruim…

Já falei dele antes aqui, mas é bom relembrar. O jogo adapta 6 missões de toda a história do James Bond:

– Goldfinger;
– 007 a Serviço Secreto de Sua Majestade;
– 007 contra o Foguete da Morte;
– Permissão para Matar;
– Um Novo dia para Morrer;
– Skyfall;

Bom, começa com a cena do último filme em que Bond é baleado e cai na água, então é como se ele estivesse se lembrando das outras missões. O que cronologicamente não faz sentido nenhum, pois o Bond de Daniel Craig só teve duas missões – Casino Royale e Quantum of Solance – uma vez que a franquia fora reiniciada com Casino Royale.

Mas tudo bem, vamos dizer que fizesse sentido. Ainda assim, todas as missões foram porcamente adaptadas de forma a ser apenas mais um game caça-níquel para aproveitar a onda do novo filme e dos 50 anos de 007. Mas convenhamos, o melhor agente secreto de todos os tempos merecia um game à altura, a exemplo do que tinha sido Bloodstone: um jogo em terceira pessoa, no melhor estilo cinematográfico de Bond, com uma história foda, gadgets legais e ação desenfreada do começo ao fim.

007 Legends não é nada disso. É um jogo em primeira pessoa, o que já acho que estraga, pois esse estilo não combina com Bond. Até aí pode ser só birra minha, mas o fato é que por vezes o game se torna um jogo de guerra, simplesmente tendo que mirar e atirar nos bandidos. Porra, se eu quisesse jogar um jogo de guerra, jogava Call of Duty ou Battlefield. E na maior parte do jogo a impressão que se tem é de que a intensão foi justamente essa: fazer uma cópia mal feita dos jogos de guerra de maior sucesso na atualidade. Mas James Bond não é um jogo de guerra, cacete!

Até as partes do confronto corpo-a-corpo com os inimigos, que deveria ser um diferencial, são extremamente sem graça. Gadgests são quase inexistentes, você usa apenas o celular em alguns momentos específicos para identificar pistas e outras coisas, mas que não fazem diferença alguma no jogo. E claro que não se esperava que fossem adaptados os 6 filmes na íntegra, ou o jogo ficaria enorme, mas as adaptações ficaram tão díspares que uma missão acaba ficando mais extensa que a outra.

Goldfinger talvez tenha sido a mais fiel, pois vemos imagens e diálogos clássicos, como a mulher pintada de ouro ou Bond prestes a ser cortado em dois pelo laser de Goldfinger. Também vemos a maquete do Fort Knox tal qual como no filme e a história se desenrola basicamente do mesmo modo, o que não acontece com os outros.

A Serviço Secreto de sua Majestade não tem praticamente NADA a ver com o filme – o que poderia até ser algo bom, já que eu particularmente não gosto desse – resumindo-se a uma perseguição de esqui e ao ataque à base de Blofeld. Temos, é claro, o casamento de Bond que termina de forma trágica, mas como eu disse no começo, isso não faz o menor sentido e ver o Craig nessa cena no lugar de George Lazemby causa muita estranheza.

A próxima é Permissão para Matar, o que também fica estranho, porque pela ordem deveria ser Contra o Foguete da Morte (Moonraker). Mas a essa altura você está pouco se lixando para o que faz ou não sentido. Também é uma missão bastante deturpada, com Bond invadindo algumas pirâmides na América Central. Essa aí até que é legal, com momentos de furtividade e uso de um rifle “sniper” em alguns momentos, culminando com a clássica perseguição com os caminhões-tanque. Termina basicamente do mesmo jeito que o filme, o que é a única coisa que foi mantida.

Em seguida temos Um Novo dia para Morrer, com uma Jinx que não tem nada a ver com Halle Berry e já começamos na fortaleza de gelo do vilão da história, mas não demora muito para nos encontrarmos no avião onde se dá o confronto final. Gustav Graves usa a sua manopla que dispara raios e morre igual ao filme.

Depois dessas 3 missões relativamente curtas, Moonraker tem praticamente a mesma duração de Goldfinger, começando com Bond investigando o vilão e culminando no espaço. O clássico vilão Jaws dá as caras, mas sua participação é mínima e logo ocorre o mesmo que o filme, com ele se aliando a Bond para impedir o extermínio da raça humana. Você acaba tendo que explodir na raça as máquinas que lançariam os globos com gás venenoso à Terra, no primeiro “grande” desafio do jogo. E depois é praticamente só apertar um botão para lançar Hugo Drax no espaço.

Finalmente, temos Skyfall, cuja adaptação é a mais ridícula de todas. Outra missão curta que se resume à perseguição de moto do começo do filme e ao reencontro com o bandido em Xangai, para impedi-lo de matar seu alvo. O confronto com ele é a parte mais difícil do jogo, uma vez que você está armado apenas com uma pistola e ele com um rifle, tirando o fato de que ele não morre nem que você atire na cabeça dele à queima-roupa. Você tem que atirar de longe e ir minando a barra de energia dele aos poucos. Sim, eu sei, não faz sentido nenhum, mas nesse ponto, quem se importa?

E depois disso… fim! Sem M, sem o Sr. da Silva, nada! Termina com Bond falando ao celular! Cara… sério, decepção é muito pouco para expressar os sentimentos dos fãs que tiverem coragem de pôr as mãos nessa “pérola”…

 

Deixe uma resposta

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s