Minha “carreira” de gamer sofreu um hiato entre a última metade da década de 90 e segunda metade dos anos 2000. Trabalho, faculdade, falta de grana, etc… tudo isso contribuiu para que eu “perdesse” a geração PS1 / PS2 / Xbox Classic e com isso, nem cheguei a jogar clássicos da época, como os primeiros Resident Evil e, é claro, Tomb Raider. Mas vou te falar, nunca tinha me interessado muito pelas aventuras de Lara Croft. Até agora.
E do que eu tinha visto dos trailers do novo jogo, nada tinha me apetecido muito. Até que saíram as primeiras críticas, todo mundo falando bem e eu resolvi encarar. Não me arrependi nem um pouco: o jogo é, realmente, sensacional. Apesar da história simples, Lara é levada aos limites, o que se torna uma perfeita história de origem que explica como uma jovem inocente se tornou a exploradora durona dos games.
Acontece de tudo com ela durante o jogo. Cai de penhascos, cachoeiras, cavernas, pára-quedas. Grita, geme, pula, se arrebenta inteira e continua andando. Lara é mais foda que Indiana Jones, Chuck Norris e John McLane juntos… heheheheh. E como cai essa mulher! O que por vezes se torna meio irritante, porque ela está sempre gritando ou gemendo – não de um jeito legal – mas faz parte da história e de sua personalidade.
Bom, pra resumir, ela e sua equipe estão no mar do Japão procurando por uma ilha mitológica e acabam naufragando. Ocorre que encontram a ilha, mas já tem gente morando lá… habitantes não muito hospitaleiros, por assim dizer. Começa então a aventura de Lara para reencontrar seus companheiros e tentar sair da ilha a qualquer custo.
E nisso ela vai evoluindo, começando com apenas um arco e flecha mas terminando com uma pistola, uma escopeta e uma metralhadora, sendo que todos podem sofrer “upgrades” ao longo do jogo. Também um machado de escalada permitirá – obviamente – escalar certos tipos de parede, usar cordas como tirolesa e várias outras coisas.
Para quem gosta de explorar, o jogo é um prato cheio: a ilha é infestada de relíquias, documentos, tesouros e tumbas secretas esperando para serem descobertos. São itens inclusive meio imprescindíveis se você quer dar upgrade das armas em 100% antes do final do jogo, já que ao recolher esses itens você ganha pontos que podem ser usados para melhorar as armas e as habilidades de Lara.
Por vezes os movimentos lembram muito a dinâmica de Assassin´s Creed, embora com personalidade própria. Some-se tudo isso e você tem um jogo bastante completo, com doses certas de ação, exploração, inteligência e aventura. Prato cheio.