portal-2-cover-360[1]Particularmente, ando meio de saco cheio de jogos em primeira pessoa, até porque a maioria são jogos de guerra e isso já me encheu o saco. Não que sejam jogos ruins, mas sei lá, pra mim, o gênero anda meio desgastado. Por essas e outras que não dei muita atenção aos dois “Portal” que saíram para Xbox, apesar de ter ouvido falar muito bem do jogo, que recebeu vários prêmios. Mea culpa, cara mia. Mea culpa.

Em 2008 foi lançado na Xbox Live Marketplace mais um dos inúmeros jogos arcade que a Microsoft disponibiliza em sua rede: Portal: Still Alive. Só que não era “só mais um”. O jogo em primeira pessoa consistia num sistema de puzzles a serem resolvidos pela protagonista, que tem uma arma capaz de criar portais. Essa arma dispara dois tipos de energia: azul e amarela, sendo que ao atingir uma superfície branca, cria um portal de entrada e outro de saída.

Assim, você tem que usar de astúcia para criar portais de forma a usar blocos, alavancas, etc… para atingir a saída da sala. Parece meio bobo, não? Só mais um joguinho para quebrar um pouquinho a cabeça e passar o tempo. Só que não. Tem toda uma história por trás desse “enredo” superficial. Você está numa fábrica de testes e a justificativa para atravessar as 19 salas que compõem o jogo é esse: você é uma cobaia em um experimento científico. Contudo, ao resolver todas as salas, você logo percebe que será descartado e resolve fugir para sobreviver!

O legal aí é que então você vai para os “bastidores” do jogo, onde a coisa fica realmente desafiadora. Você não está mais realizando testes desenhados com a simples finalidade de saber se você é capaz de pensar e resolvê-los. Agora você está fugindo por sua vida num cenário que não foi desenhado com a finalidade de fazer você encontrar a saída. Por fim, você enfrenta o chefe do jogo e acaba destruindo a fábrica inteira.

É fácil ver porque Portal fez tanto sucesso. A ideia é muito bacana e o jogo mostrou-se promissor. Ainda, para quem é fã do gênero, pode deleitar-se nos “challange maps” depois de terminar o modo campanha. Devido ao estrondoso sucesso, em 2011 a Valve decidiu lançar Portal 2, agora não mais um jogo XBLA, mas algo muito mais amplo e com a história ainda mais complexa.

Portal 2 começa nas ruínas do jogo anterior. Novamente, você tem que passar por uma quantidade x de salas para escapar, agora auxiliado por um robô meio bobo que também quer fugir dali. Na verdade, “auxiliado” não é bem a palavra, já que ele não faz nada além de ficar tagarelando no seu ouvido. Mas acaba que muita coisa acontece. Você inadvertidamente desperta sua antagonista do jogo anterior, gerando um novo confronto, mas ela perde seu posto para alguém muito mais poderoso. Para fugir de lá, você acaba passando por uma outra área de testes que havia sido fechada nos anos 80.

E assim o jogo vai se revezando ao longo de 9 capítulos. Área de testes, bastidores, reviravoltas na história e novos itens para usar, como lasers, gel propulsor, gel repulsor, gel modificador de superfícies, raios de tração e várias outras coisas que tornam cada desafio mais divertido que o anterior. O confronto final é MUITO bacana e os finais – tanto do primeiro quanto do segundo – são bem divertidos.

Portal 2 traz ainda a opção de jogo cooperativo, que pode ser local ou online. Em suma, é um dos jogos mais originais e inteligentes que já vi nada vida. É claro, não é um jogo de ação, é um jogo de inteligência, mas muito bem pensado e divertido. Para jogadores que curtem um desafio, vale muito a pena!

 

 

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