Para o primeiro post do ano, acho que seria legal falar sobre uma história que fala sobre a importância de uma transformação nas nossas vidas. Nossa, profundo isso, né? Mas falando sem drama, começo do ano é, bem ou mal, um momento de reflexão e acho que essa história tem tudo a ver.
Foi em meados de Outubro ou Novembro do ano passado que cheguei na livraria atrás de algum quadrinho “diferente” pra ler. E o título me chamou atenção: O Caminho do Guerreiro Pacífico. Trata-se de uma adaptação do livro homônimo que conta a história real de Dan Millman, um ginasta olímpico que, após sofrer um acidente de motocicleta, acaba conhecendo um mentor que o faz repensar vários comportamentos de sua vida. Dei uma folheada, pensei bem e resolvi levar pra casa para conhecer.
Vou ser sincero. Dan pode ser um bom escritor, mas não é um bom roteirista. O roteiro é fraco, os desenhos são razoáveis (que me perdoe Andrew Winsgarner, o desenhista que, segundo o posfácio, é professor de artes) e o resultado final acaba sendo uma obra de porte fraco pra médio. Ainda assim, a mensagem por trás fica lhe cutucando a mente depois que você termina de ler e até desperta a curiosidade de conhecer a obra original.
Muito bem. Passado isso, passeava eu um dia pelas Lojas Americanas na hora do almoço quando me deparo com o FILME que foi adaptado do livro, que saiu por aqui com o nome de “Poder Além da Vida” (tudo a ver, eu sei). Resolvi arriscar.
A história é basicamente a mesma, da qual não vou falar muito para não soltar spoilers, mas com muito mais qualidade do que o quadrinho, embora algumas partes pareçam meio exageradamente piegas.
Agora você deve estar pensando “Tá, então depois de ler o quadrinho e de ver o filme, você foi atrás do livro, certo?”. Quase. Eu comprei outro livro do mesmo autor, A SABEDORIA DO GUERREIRO PACÍFICO, que traz comentários e explicações sobre o livro original. Achei que, já que eu já conhecia a história através do quadrinho e do filme, não faria sentido ir atrás de MAIS UMA versão. Pra mim, foi muito mais interessante comprar algo que complementasse o que eu já havia dito.
Tá, mas e no fim das contas, qual o resultado? O resultado é algo que eu já sabia e talvez você também saiba, mas todos temos preguiça de praticar. Na realidade é meio que impossível reunir todas as lições em uma coisa só, mas se fosse para tentar, eu diria o seguinte: não se preocupe com as coisas materiais. Não se estresse por não estar conseguindo chegar nos objetivos que você gostaria. Não fique guardando mágoas de coisas que passou.
Em outras palavras: viva o PRESENTE, da melhor forma que puder. Tem coisas que te incomodam no seu passado? Não pense nelas. Está aflito com o que pode ou não vir a acontecer? Não pense nisso, é o futuro. Você não tem controle sobre o futuro. Sobre nada.
Parece simples, não? Não é tanto assim. Preste atenção nos pensamentos que você tem ao longo do dia. Aposto que 99% você está pensando em coisas que aconteceram, ou no que você precisa fazer dali a uma hora ou duas ou dali a uma semana. Quando percebe, você está estressado e nem sabe direito porquê. E você faz isso a todo instante. Enquanto toma café. Enquanto pega o ônibus para ir ao trabalho. Enquanto dirige. Enquanto fecha a porta da casa ou do carro. Enquanto bate o ponto. Enquanto pega um café na máquina. Enquanto almoça.
Há muito mais coisas por trás disso tudo (você deve imaginar, afinal, não precisaria de um livro ou de um filme só pra dizer isso) mas o importante é isso: VOCÊ deve controlar seus pensamentos. Não o contrário. Concentre-se no que está fazendo, não faça as coisas no automático. Se está andando, aproveite a paisagem. Tem sempre alguma coisa acontecendo ao seu redor. Se está almoçando, saboreie a comida. Os problemas podem esperar.
Longe de mim querer dar uma de guru espiritual ou começar a fazer posts de auto-ajuda. Mas, sério, essas pequenas dicas são um primeiro passo para se chegar ao tal do “poder além da vida”. E os outros passos? Ah, aí você vai ter que ler o livro ou ir atrás de um guru espiritual.
Opa, dicas interessantes. Como dizem vários sites sobre meditação: os pensamentos são a mídia suja da mente. A pessoa está escondida atrás de um mar de lixo e ego dentro de si mesma. O silêncio na cabeça é sinal de faxina mental. E outras coisitas mais. Vou buscar conhecer o livro que você não leu, rs.