Dias atrás foi lançado o novo capítulo da saga Assassin´s Creed, prometendo amarrar as pontas soltas e trazendo algumas inovações. Pelo que se via, o jogo prometia ser o melhor da franquia até agora. Será que é mesmo?
Para responder, vamos dar uma breve recapitulada nos demais capítulos. Todos os jogos giram em torno de Desmond Miles e sua entrada num aparelho chamado Animus para resgatar as memórias de seus antepassados.
A saga iniciou com o primeiro (lógico) Assassins Creed, que contava a história de Altair ainda nos tempos das primeiras cruzadas. Aqui é meio que um consenso entre os jogadores de que o jogo é necessário para entender a história, mas é muito chato.
Ele é bem feito, os gráficos são muito bons, o cenário das cidades é impecável. Mas a história é repetitiva demais. Você, na pele de Altair, é enviado para assassinar 9 pessoas diferentes, em três cidades. E em cada uma é sempre a mesma história: chegar a cidade, executar algumas missões secundárias, investigar o alvo, ir lá e matá-lo. Volta para o castelo, mais um pouco de falação e vai para a próxima cidade.
Tá, legal, mas NOVE alvos é demais, fica cansativo. Se fosse uns 3 ou 4 ainda vá lá. Mas o que vale a pena é a sequência final, extremamente importante para os demais jogos.
No segundo, Desmond escapa da instituição onde estava sendo mantido prisioneiro pelos Templários e se une a outros Assassinos, que têm sua própria versão do Animus. A história continua. Ficamos sabendo do principal personagem dos demais jogos: Ezio Auditore. Acompanhamos sua vida desde a infância até a entrada dele no Clã dos Assassinos, bem como sua passagem pelas cidades da Itália em plena Renascença e sua guerra pessoal contra a família Bórgia e os conspiradores que mataram sua família.
Aqui a coisa muda de figura. O jogo acaba tendo elementos de RPG, onde Ezio vai evoluindo, e a história é muito mais densa do que o primeiro. Também temos personagens históricos que o ajudam, como Maquiavel e Leonardo da Vinci. Bem como personagens históricos que são inimigos.
A evolução atingiu o ápice no terceiro capítulo da franquia: Assassin´s Creed: Brotherhood. Aqui, a saga de Ezio continua e ele vai até Roma para o confronto final com os Bórgia. Diferente dos jogos anteriores, este se passa em apenas uma cidade… mas é uma cidade enorme (afinal, é de Roma que estamos falando). E aí pode-se não apenas andar a cavalo, como nos anteriores, mas acessar túneis subterrâneos para cortar caminho. Também é necessário ir retomando territórios dos Bórgia e ir construindo uma liga de assassinos e os enviando a missões para que eles possam evoluir. Para mim, o melhor jogo da franquia até agora.
No fim, eles descobrem a localização da peça central do jogo, a Maçã do Éden, um objeto de extremo poder que os Templários estão atrás. Ao utilizá-la, no entanto, Desmond acaba entrando em coma.
É aí que começa Revelations: Com Desmond preso no Animus e tendo de completar as memórias de Ezio para recobrar a consciência. O cenário agora é Constantinopla e Ezio está atrás das chaves da Biblioteca de Altair, onde estão escondidos os seus segredos.
O jogo segue basicamente a mesma lógica de Brotherhood: se passa numa cidade só, você pode retomar territórios dos inimigos, recrutar assassinos e treiná-los. Ocorre que foi feita a maior propaganda sobre a possibilidade de controlar Ezio e Altair no mesmo jogo pela primeira vez. Só que não é bem assim. O jogo, assim como no II e em Brotherhood, gira a maior parte do tempo em torno de Ezio. No final de cada capítulo você joga um pouco com Altair, mas é pouco mais que uma cinematic em que você está controlando o personagem. Sinceramente, achei que seria algo mais ou menos no estilo Spider-Man: Edge of Time, em que você controla um personagem em um capítulo e outro no capítulo seguinte. Mas as partes de Altair servem mais como um complemento ao primeiro Assasins Creed.
Há algumas novidades, claro, como a tal da lâmina-gancho que você pode usar tanto para escalar como deslizar por cabos. E também há uma infidade de bombas que você pode criar e colocar no arsenal, mas elas não chegam a ser necessárias em nenhum momento. Também há o pára-quedas de Ezio que lembra o planador do Batman, mas é responsável por uma das melhores sequências do jogo.
No fim, Ezio encontra a biblioteca de Altair, Desmond tem suas perguntas respondias e recobra a consciência. Não vou entregar o jogo, mas achei uma puta duma viagem a tal das “revelações” que são dadas no final do jogo. Ao acordar, Desmond apenas fala a seus companheiros que sabe o que precisa ser feito.
Enfim, resta aguardar para ver se o próximo capítulo superará as expectativas. O que me faz pensar no filme que está prometido para a franquia. Tem que ser um puta dum roteiro para amarrar tudo e não cair na mesmice de sempre de Hollywood. Apesar de que, conhecendo as adaptações de games como conhecemos, não duvido nada que o estúdio preferirá deixar a história um pouco de lado e focar num filme de ação. Será um baita desperdício…

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