Sempre fui fã de histórias de Gângsters, então, sou suspeito pra falar. Mas te digo: Família Soprano é uma das melhores séries de TV que eu já vi na vida.
Eu li em algum lugar, antes de começar a assistir, que a série retratava “a vida real”. Ok, já vimos isso antes em filmes e em outras séries, então não levei muito a sério esse comentário. Mas é a mais pura verdade. É a vida real, ali, nua e crua.
Talvez não agrade algumas pessoas pelo ritmo lento com que se desenvolve, mas é justamente isso que dá o “quê” de verossimilhança à série. Por exemplo, um sujeito pega uma ferramenta empresatada no capítulo nove de uma temporada, lá pelo capítulo sete da outra temporada alguém comenta que o filho da puta esqueceu de devolver. Ou mesmo algo aparentemente sem importância acontece, mas que láááá na frente acaba tendo um impacto muito forte. Esse tipo de detalhe é o que torna a série tão rica e tão fácil de nos identificarmos. Os problemas de Tony Soprano, nosso protagonista, o modo como lida com sua família, as preocupações com a educação dos filhos e, claro, as tensões frequentes do mundo do crime. Vemos Tony lidar com seus problemas ao mesmo tempo em que acompanhamos o envelhecer das personagens ao longo de sete anos, torcendo para que ele triunfe não apenas nos negócios, mas também para manter a família unida.
Tudo isso dá um charme especial à série, da qual vou falar um pouco, mas não muito, para não estragar as surpresas. Se não viram ainda, não percam tempo.
– Primeira Temporada:
O piloto é muito bom. Vemos pela primeira vez a consulta de Tony com a psiquiatra que lhe acompanha ao longo da série, a Dra. Melfi, que tenta entender e tratar possíveis ataques de pânico do mafioso de Nova Jersei.
Aqui ficamos conhecendo a família, as tensões com o Tio Júnior e com a mãe de Tony, uma senhora bem fúnebre, que dá arrepios em qualquer um. Um dos melhores episódios aqui é um no qual Tony vai levar a filha para conhecer algumas Universidades. Não vou falar mais, se não estraga.
– Segunda Temporada:
Acontecem algumas coisas no final da primeira temporada, que levam Tony a assumir o comando da máfia de Nova Jérsei. Os personagens vão se aprofundando e entra em cena Janice, a irmã aproveitadora de Tony, e um bandido chamado Jackie Aprile, que lhe dá muita dor de cabeça.
– Terceira Temporada:
Mais personagens novos aqui. O bandido da vez é Richie, soberbamente interpretado por Joe Pantoliano. É incrível como esse cara interpreta bem os canalhas! Já perceberam? É só olhar praquele sorriso cínico dele que já dá pra ver que o cara está mentindo!
Aqui temos a filha de Tony com problemas na faculdade, seu filho vandalizando a escola, Tio Júnior preso, o FBI fechando o cerco, e problemas que não acabam mais.
Destaque para o episódio “Funcionário do Mês”, que já começa com um estupro brutal e eleva a tensão lá em cima, durante 50 minutos. Se falar mais, estraga.
– Quarta Temporada:
Richie continua a criar problemas até encher a paciência de Tony. Chris, seu sobrinho, começa a pegar pesado nas drogas, Tio Júnior está prestes a ir a julgamento, o FBI está na cola de todo mundo e, pra ajudar, começam a surgir desavenças com o pessoal de NY. Para piorar, sua esposa está pensando em divórcio…
– Quinta Temporada:
Mais personagens novos. O primo de Tony, vivido por Steve Buscemi, sai em condicional, mas tem algo nele que o está incomodando. Do lado de NY, quem sai da cadeia depois de 15 anos é Phil Leotardo, interpretado pelo excelente Frank Vincent (Os Bons Companheiros, Cassino) e que não esconde nem um pouco seu desprezo pelos Sopranos. Tensões que vão se acumulando para a temporada derradeira.
– Sexta Temporada:
No final da quinta temporada, é criado um vácuo no poder de NY. Há uma luta pelo poder e acaba sobrando para os Sopranos. A coisa vai piorando cada vez mais e a coisa toda não poderia acabar de outra forma: guerra.
Gostaria de falar mais sobre cada uma das temporadas, mas cada episódio é tão cheio de detalhes, que a melhor coisa a fazer, é assistir. Não tem graça simplesmente ler a respeito. O legal é justamente acompanhar cada episódio e sentir a evolução da história, pouco a pouco, saboreando cada detalhe e cada surpresa.
São 13 episódios em cada temporada, exceto o último, que é divido em dois volumes: 12 e depois mais 9. Mas isso pouco importa, essa é daquelas séries que você começa a ver e não quer mais parar. E quanto terminar, vai querer voltar e ver tudo de novo.

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