Esqueça Heroes. Quer ver um seriado bacana sobre pessoas com habilidades extraordinárias? Assita The 4400 (The Forty-Four Hundred). São 4 temporadas e bem curtinhas – a primeira tem 5 episódios e as demais, 13 cada uma), mas te prende a atenção do começo ao fim. Vou tentar fazer um breve resumo sem estragar as surpresas.

No primeiro episódio, 4.400 pessoas são abduzidas de diferentes épocas e retornam todas de uma vez só, numa esfera de luz, em nossos dias, sem lembranças de onde estiveram. Não se demora a perceber que algumas delas acabaram adquirindo poderes paranormais. A agência NTAC de Seattle é, então, encarrageada a investigar tais pessoas… ajudá-las quando elas precisam, ou prendê-las quando elas estão fazendo mal uso de seus poderes.

Como não poderia deixar de ser, os protagonistas são um casal de agentes… Tom Baldwin e Diana Skouris. O sobrinho de Tom, Shawn Farrell, foi um dos abduzidos, sendo que seu filho, Kyle, ficou em coma durante os três anos de ausência de Shawn, que acabou ganhando a espantosa habilidade de curar as pessoas. E ele usa essa habilidade para tirar o primo do coma.

Na primeira temporada acompanhamos Tom e Diana investigando alguns casos, enquanto o mistério acerca dos 4400 se desenrola. Dois deles, Richard Tyler e Lily, acabam envolvendo-se amarosamente e Lily descobre ter retornado grávida, mesmo sabendo que isso era impossível.

No fim da primeira temporada, Kyle ajuda o NTAC a descobrir quem abduziu aquelas pessoas e porquê. Não dá pra falar muito sem entregar o ouro, mas pode-se dizer que o propósito disso foi evitar uma catástrofe mundial.

A segunda temporada já começa com algumas coisas estabelecidas. Um dos 4400, Jordan Coilier, assume a postura de líder e funda um Centro para ajudar os retornados. Diana acaba adotando uma garotinha, Maia, abduzida na década de 30 e que tem a habilidade de prever o futuro. E quem está familiarizado com a exterminadora no seriado “Sarah Connor Chronicles” irá reconhecê-la na pele de Tess, uma 4400 esquizofrênica com a habilidade de controlar os outros. Ela acaba usando essa habilidade para construir um aparelho que cura Kevin Burkoff, outro paciente do hospital, e que se tornaria o pai da tecnologia 4400.

Mais casos bizarros são investigados e o bebê de Lily e Richard, Isabelle, acaba se mostrando incrivelmente poderoso. E uma criança poderosa sem noção de o que é certo e errado pode se tornar extremamente cruel pelos motivos mais mesquinhos.

Kyle, por outro lado, começa a ter blecautes e desconfia de que outra consciência esteja em seu corpo. De fato, esta outra consciência acaba levando-o a fazer algo surpreendente, e que se torna um dos principais acontecimentos dessa temporada.

Destaque para o episódio em que Tom Baldwin acorda num mundo totalmente diferente do que ele conhece… um mundo sem 4400, sem habilidades, onde ele é casado com uma desconhecida. Desesperado, Tom precisa descobrir o que está acontecendo e como voltar para o mundo verdadeiro, sendo que a única pista é uma porta que surge de vez em quando e apenas ele vê. Muito bom!

Outros que vale a pena ser citados são: o episódio em que uma 4400 tem uma habilidade mortal e precisa ser detida antes que mate o mundo inteiro, e o episódio em que todos ficam presos no NTAC com uma onda de ódio se propagando pelo prédio. Tensão do começo ao fim.

O fim da temporada chega com uma doença que se alastra por todos os 4400. Novamente não dá pra falar muito sem estragar as surpresas, mas foi uma doença proposital e, sem ela, todos acabariam ganhando habilidades.

Kevin, o cientista que fora despertado no começo da temporada, é convocado para ajudar, mas o pânico se alastra por toda a população, 4400 e não-4400. Basta dizer, no entanto, que uma cura é desenvolvida e que todos aqueles que retornaram são positivos numa substância chamada “promicina”, e todos agora começam a desenvolver habilidades.

Na terceira temporada, as coisas esquentam ainda mais. Isabelle, que em um instante era um bebê e no outro se torna uma bela jovem de 20 anos, aterroriza a temporada inteira, pois, diferente dos outros 4400, que têm apenas 1 habilidade, Isabelle tem várias, e nenhuma noção de certo e errado. É por isso que as pessoas têm medo dela e de lhe negar as coisas. E ela sabe disso.

Acaba apaixonada por Shawn e obriga-o a casar com ele, sabendo que se não o fizer, se não tiver um elo com a humanidade, ela se tornará a destruição de todo o futuro pelo qual os 4400 foram enviados para lutar.

Outro fato importante dessa temporada é o surgimento do Grupo Nova, uma organização terrorista de 4400, que rende alguns episódios bem interessantes, e o retorno de alguém, que já estava previsto para acontecer.

Episódios notáveis fora do plot principal são dois: um em que Tom e Diana investigam uma nova droga que induz fobia e provoca alucinações, e outro em duas partes, nas quais as crianças da série são raptadas. Numa medida desesperada, Tom consegue fazer um acordo para salvá-las, mas o preço que ele tem de pagar é matar Isabelle.

Tudo parece convergir para isso, mas basta dizer que, no fim, Isabelle é detida e acaba surgindo uma vacina de Promicina, capaz de dar habilidades a qualquer pessoa. Entretanto, há um risco de 50% para aqueles que tomarem a vacina: se não forem compatíveis, irão morrer.

A quarta e última temporada gira em torno disso. Aqui não dá pra falar quase nada sem estragar as surpresas, pois todos os ganchos das temporadas anteriores convergem para cá. Mas é suficiente entender que surge um movimento de 4400, no qual um “messias” constrói uma cidade para todos aqueles que tiverem habilidades. Do outro lado, há outras pessoas interessadas em impedir o plano 4400. E no meio, o NTAC, tentando fazer cumprir a lei e impedir as mortes de inocentes.

A trama toda da temporada é muito boa, mas um episódio que chama atenção é quando os principais personagens da série acordam na sede do NTAC, que está completamente vazia e selada, sem entender muito de como foram parar lá. Amigos e inimigos são obrigados a se unir num jogo mortal se quiserem sair de lá vivos.

No último episódio, os 4400 tomam conta de Seattle. A série chega ao fim, mas infelizmente a trama não se conclui. Uma quinta temporada estava prevista, mas foi cancelada devido à greve dos roteiristas e problemas orçamentários. Fãs da série do mundo chegaram a fazer petições e campanhas para seu retorno, aguardando com esperança a quinta temporada, ou ao menos um filme de duas horas que amarre as pontas soltas e conclua a história de forma merecida, já que as temporadas se mantiveram num nível de qualidade muito bom do começo ao fim.

Destaque também para a bela música-tema de abertura, “A Place in Time”. Para mais informações sobre The 4400, consulte a Wikipedia. Mas não deixe de ver essa série surpreendente!

2 comentários em “The 4400

  1. Boa tarde Leonardo,Acredita que por acaso comecei a assistir The 4.400, me apaixonei pela série e então fui descobrir sobre o lance do cancelamento. Isso que dá não pesquisar antes.rs…Sabe algo sobre um livro escrito pelo autor fechando o que ficou pendente?Abraços,Jean. jm_sp@hotmail.com

  2. Eu assisti a série toda… o final deixa pontas soltas sim… mas eu até que achei satisatório, eu consegui encarar como um final.. mas eu tb soube de 2 livros que dariam sequencia..

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